Neste período o Exército de Libertação do Povo Saharaui (ELPS) desencadeou pelo menos 48 ataques de artilharia contra o dispositivo militar das forças de ocupação marroquinas ao longo do «muro da vergonha» que se estende por mais de 2.700 km.
As ações do Exército de Libertação do Povo Saharaui (ELPS) contra o muro militar de defesa das forças de ocupação marroquinas no Sahara Ocidental prosseguem e intensificam-se com ataques de artilharia de desgaste e flagelação.
De 01 a 31 de agosto, segundo informações divulgadas pelo Ministério da Defesa da RASD, tiveram lugar pelo menos 48 ataques de artilharia contra as trincheiras e bunkers e bases e postos de observação das FAR (Forças Armadas Reais) de Marrocos ao longo do muro militar que divide o território.
Os ataques foram particularmente intensos e contínuos nas região de Oued Draa no norte do Sahara Ocidental, em particular nas regiões de Mahbes e Farsía.
A região de Oued Draa, no norte/nordeste do território, a mais próxima dos campos de refugiados saharauis no extremo sudoeste de Tindouf, na Argélia, foi onde os ataques foram mais constantes, com 24 ataques registados na zona de Mahbes e 06 na zona de Farsia. Na zona de Mhabes, destaque para os ataques flageladores contra as sedes dos comandos dos 40.º e 65.º Batalhões das Forças Armadas Reais marroquinas de ocupação, além da destruição do posto de observação nº 181
Na região militar de Saguia El Hamra (centro-noroeste do território) registaram-se 11 ataques intensos, particularmente na zona de Houza (09), onde a base de comando do 72.º batalhão das FAR marroquinas foi atacada, e Smara (02).
Na região Sul, de Rio de Ouro, registaram-se 07 ataques,03 na zona de Bagari e 04 de grande intensidade na zona de Auserd, um dos quais atingiu a base de comando do 36º batalhão das FAR.
O Ministério da Defesa saharaui tem recorrentemente recordando que "todo o Sahara Ocidental, no seu espaço aéreo, terrestre e marítimo, se tornou uma zona de guerra. Marrocos, continuando a manter o segredo sobre as suas baixas nos bombardeamentos contra as forças saharauis, não pode continuar a esconder o facto de uma guerra que alastra no interior de Marrocos e que lhe causa baixas mortais".
O exército saharaui continua a manter a iniciativa ofensiva, a escolher o local e a hora dos seus ataques, e as forças de ocupação marroquinas permanecem estáticas nas suas trincheiras desérticas do muro militar, sem poder sair e aguardando o impacto dos mísseis saharauis ou da penetração. A resposta que mais utilizam é através de drones, mais ou menos sofisticados, cuja utilização conta com a assessoria e aconselhamento de peritos militares israelitas.
Fontes: SPS
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