Brahim Gali |
Brahim Gali alertou para o envolvimento de Marrocos no apoio ao terrorismo e à criminalidade organizada, uma ameaça real e iminente para a estabilidade da região.
No discurso de abertura da 5.ª Sessão Ordinária do Secretariado Nacional da Frente POLISARIO, que se realizou na wilaya de Dakhla (campos de refugiados), o líder do movimento saharaui apelou a uma maior cooperação entre os países vizinhos, especialmente a Argélia e a Mauritânia, para enfrentar os crescentes desafios de segurança na região.
O Presidente saharaui sublinhou a necessidade de fazer face à escalada dos desafios na região do Sahel, salientando que “os perigosos desenvolvimentos na região exigem mais cooperação e coordenação entre os países vizinhos”.
Gali sublinhou que a estabilidade internacional só pode ser alcançada permitindo que os povos realizem os seus legítimos direitos à autodeterminação e seja respeitada a legalidade internacional.
Recordando a situação atual na Palestina e no Líbano, o líder saharaui exprimiu a solidariedade da República saharaui com os povos palestiniano e libanês face à agressão sionista.
“Ao mesmo tempo que exprimimos a nossa solidariedade para com os povos irmãos palestiniano e libanês face à injusta agressão sionista, afirmamos que não haverá paz e estabilidade no mundo se as resoluções de legitimidade internacional não forem respeitadas e se os povos não forem investidos dos seus legítimos direitos à autodeterminação”, afirmou o presidente saharaui.
Note-se que o Estado ocupante marroquino coopera estreitamente com a entidade sionista, com a qual mantém profundas relações bilaterais desde a década de 1960, que reforçou com a normalização oficial das relações em 2020 e com a vinculação de acordos e tratados de cooperação militar, de segurança e económica, que retiraram soberania e independência política a Marrocos.
Os povos palestiniano e libanês sofrem há meses uma grave agressão sionista, que já custou a vida a dezenas de milhares de mártires, feridos e centenas de milhares de deslocados, desde o início da guerra em Gaza, no princípio de outubro do ano passado.
Esta Sessão Ordinária do Secretariado Nacional abordou a evolução da causa nacional e avaliou o desempenho das diferentes instituições durante o período desde a anterior Quarta Sessão Ordinária, com base no relatório apresentado pela Mesa Permanente do Secretariado.
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