Comunicado:
Os Socialistas e Democratas do Parlamento Europeu manifestaram
a sua profunda preocupação pela condenação de um grupo de ativistas saharauis dos
direitos humanos. A 16 de fevereiro de 2013, um tribunal militar marroquino de
Rabat decretou sentenças muito longas de prisão: nove cadeias perpétuas, quatro
condenações de trinta anos, sete de vinte cinco anos e três de vinte anos.
As sentenças por motivos políticos contra os ativistas
saharauis de direitos humanos foram o resultado de um julgamento cheio de
irregularidades jurídicas, como sublinharam observadores internacionais e
independentes, incluindo dois membros do Parlamento Europeu, Antonio Masip e
Willy Meyer.
Várias organizações internacionais de direitos humanos também
expressaram a sua profunda preocupação pelo desenrolar deste julgamento injusto.
Amnistía Internacional afirma que esteve viciado desde o princípio.
Véronique De Keyser, vicepresidente do Grupo S&D responsável
dos Assuntos Exteriores, e Norbert Neuser, eurodeputado do S&D e presidente
do Intergrupo para o Sahara Ocidental, condenaram firmemente as condenações dos
civis saharauis e a ausência de um processo jurídico adequado. Direitos humanos,
como a liberdade de expressão e o direito a um julgamento justo, são valores
fundamentais para o Grupo S&D.
“Não podemos aceitar estas violações graves dos direitos humanos
num país vizinho, Marrocos”.
Os vinte quatro ativistas dos direitos humanos foram detidos
a 8 de novembro de 2010 quando os soldados e a polícia marroquina atacaram violentamente
milhares de civis saharauis que protestavam pacificamente no acampamento de Gdeim
Izik, próximo da cidade de El Aaiun, no Sahara Ocidental ocupado por Marrocos.
Norbert Neuser recorda também várias resoluções do Parlamento
Europeu – a última do dia 7 de fevereiro
de 2013– que o Grupo S&D promoveu e y apoiou. Nelas, se expressa preocupação
pela situação dos direitos humanos no Sahara Ocidental e se pede a proteção dos
direitos fundamentais saharauis como o direito de reunião e a liberdade de
expressão. Reclamam também uma solução justa e duradoura para o conflito na base
do direito do povo saharaui à autodeterminação.
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