A Associação Marroquina de Direitos Humanos (AMDH) denunciou
hoje a repressão por parte das autoridades marroquinas ao direito de reunião no
Sahara Ocidental, e condenou as “práticas humilhantes” utilizadas durante as
manifestações.
A AMDH destaca a “política punitiva” e as “agressões frequentes”
exercidas pelas autoridades marroquinas para reprimir os protestos organizados no
território saharaui.
Segundo a associação, no Sahara Ocidental existe um “assédio
policial e militar” imposto sobre todas as cidades, e em particular nos bairros,
nas ruas e nos estabelecimentos de ensino.
A AMDH destaca que os cidadãos saharauis são “maltratados” pelas
“forças de segurança à paisana” denominados de forma coloquial como “grupos da
morte” que, segundo a ONG, sequestram e maltratam os cidadãos antes de os
abandonarem fora dos perímetros urbanos.
Também a Amnistia Internacional (AI) criticou em comunicado o
uso da força para dispersar a manifestação que um grupo de saharauis tentou organizar
em março por ocasião da visita do Enviado Pessoal do Secretário-Geral da ONU
para o Sahara Ocidental, Christopher Ross, à cidade de El Aaiún.
A AI insiste na necessidade de incluir no mandato da Missão das
Nações Unidas para o Referendo no Sahara Ocidental (MINURSO) um mecanismo de
vigilância quanto ao respeito do direitos humanos.
(EFE)
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