O Presidente francês François Hollande, de visita oficial a
Marrocos, reiterou hoje, quinta-feira, ante o Parlamento marroquino, o apoio de
França a uma solução política aceitável para o conflito do Sahara Ocidental na base
das resoluções do Conselho de Segurança.
Após um longo discurso tecendo loas e glorificando Marrocos,
Hollande desiludiu certamente a classe política marroquina. O apoio esperado foi
para "as iniciativas do Secretário-Geral da ONU para resolver o conflito
do Sahara Ocidental em conformidade com as resoluções do Conselho de
Segurança", embora como contraponto compensatório tenha declarado também que
"a França considera o plano de autonomia marroquino de 2007 sério e
credível".
Referindo-se à "questão pendente de solução desde há
mais de 30 anos", Holland afirmou que "a crise no Sahel torna ainda
mais urgente a necessidade de pôr fim a esta situação".
O discurso do Presidente francês é considerado por fontes diplomáticas
como um câmbio na posição de Paris comparado com o apoio cego e parcial ao plano
de autonomia proposto por Marrocos.
François Hollande recordou que "as condições de vida dos
habitantes desta região devem ser melhoradas", respondendo a um apelo das ONG
que o haviam convidado a exercer pressão sobre Marrocos no que se refere ao
respeito pelos direitos humanos no Sahara Ocidental e em Marrocos.
Porém, o Presidente «omitiu» do seu discurso uma frase sobre
o respeito pelos direitos do Homem em Marrocos e que constava do texto original
da sua intervenção distribuída aos jornalistas.
François Hollande limitou-se a dizer que em Marrocos há «impaciências
a apaziguar e desigualdades e reduzir». Mas segundo o texto do discurso distribuído
antes pelos serviços do Eliseu aos jornalistas franceses, uma segunda frase
deveria ter sido proferida e não foi:
«e reformas a prosseguir no sentido do respeito pelos direitos
humanos.»
Fonte: várias
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