quarta-feira, 29 de maio de 2013

A nova diplomacia de John Kerry (I)



O novo chefe da diplomacia norte-americana John Kerry dará que falar. É uma pessoa muito intrépida, com muita iniciativa e enfrenta os problemas com valentia e diretamente. Além disso, é um político experiente, tendo desempenhado durante anos o cargo de presidente da Comissão de Assuntos Exteriores do Senado. Foi candidato presidencial em 2004 e perdeu com Bush numas eleições muito discutidas (recorde-se a votação na Florida).

Para Kerry a águia norte-americana deve brilhar e liderar: “Os Estados Unidos devem criar ordem onde não a há e consertar o que está quebrado”. E também, "a política dos EUA não se define apenas por ‘drones’ e intervenções", mas com uma visão ampla que inclui também a segurança alimentar e energética, a ajuda humanitária e o desenvolvimento. Estas frases definem-no de corpo inteiro.

Visitou as regiões que “queimam” como o Afganistão, Israel, Gaza, Síria e Paquistão. Quer que as relações israelo-turcas se normalizem. Qualificou de inaceitáveis as declarações do primeiro-ministro turco Recep Erdogan, que equiparou o sionismo com um “crime contra a humanidade”, que dificultam uma solução para o conflito do Próximo Oriente. Inclusive Israel deu o primeiro passo ao desculpar-se pela morte de 9 ativistas turcos que integravam uma frota “humanitária”.

E no caso do Sahara Ocidental, quando apresentou a iniciativa, em abril último, de dotar o contingente da ONU (Minurso) com atribuições de defesa de Direitos Humanos pelas contínuas violações de Marrocos aos saharauis, se bem que abortada pelos anunciados vetos da Rússia e Françaa, constituiu uma chamada de atenção a Rabat.

Por: Ricardo Sánchez Serra, jornalista. Membro da Imprensa Estrangeira. Analista internacional

Twitter: @sanchezserra
Blog: http://rsanchezserra.blogspot.com/
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Publicado no diário LA RAZÓN, a 29 de maio de 2013

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