segunda-feira, 12 de agosto de 2013

EUA asseguram que a Polisario combate o terrorismo e o extremismo islâmico em Tindouf



A Frente Polisario não só não apoia o terrorismo e o extremismo islâmico, como inclusive combate o tráfico de armas destinado aos grupos terroristas e restringe nos acampamentos de refugiados de Tindouf (Argélia) o acesso às páginas de Internet extremistas, segundo revela um despacho diplomático norte-americano difundido pelo portal Wikileaks.

Um documento confidencial de dezembro de 2009 indica, a partir dos contactos da Embaixada dos Estados Unidos na Argélia com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e com as organizações não-governamentais norte-americanas que operam em Tindouf, que embora se tenham detetado casos individuais de saharauis que participaram no contrabando de armas, a Frente Polisario “castiga severamente o tráfico de pessoas ou armas que possam servir de ajuda aos terroristas”.

O despacho precisa que a Polisario “restringe o acesso dos refugiados dos acampamentos às páginas de Internet extremistas”, por considerar que “estas atividades são prejudiciais e um obstáculo aos objetivos políticos da Polisario”.

“Os extremistas da região lançaram ameaças contra os ocidentais que residem nos acampamentos, e informaram delas a Polisario”, prossegue o despacho. “A perceção é que o povo saharaui está demasiado próximo do Ocidente e não é suficientemente religioso”, acrescenta.

A causa dessa perceção, segundo as informações da Embaixada, reside no facto de “os líderes religiosos saharauis terem animado as ONG ocidentais a participar em seminários sobre o diálogo interconfessional e sobre os problemas da mulher”.
 
Daniel Benjamin,  coordenador da
luta antiterroristado Departamento dos Estados Unidos
O ministro do Interior de Marrocos, Taieb Cherqaoui, declarou em várias ocasiões que os agentes marroquinos que assaltaram no dia 8 de novembro de 2010 o acampamento [de protesto] saharaui de Gdeim Izik, próximo de El Aaiún, depararam com métodos de violência similares aos existentes na zona sul do Sahel, onde opera a Al Qaeda do Magrebe Islâmico (AQMI).

O coordenador da luta antiterrorista do Departamento dos Estados Unidos, Daniel Benjamin, assegurou posteriormente que não havia nenhuma prova sobre as supostas ligações terroristas dos ativistas saharauis e que a AQMI não obteria “nenhuma ventagem” em atuar no Sahara Ocidental.

Fonte: La Gaceta

10-08-2013

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