domingo, 17 de novembro de 2013

EUCOCO 2013: Conferência de Roma pede à ONU que incremente o processo de organização do referendo de autodeterminação no Sahara Ocidental


Os participantes da 38 ª Conferência Europeia de Coordenação e Apoio ao Povo Saharaui (EUCOCO), que concluiu os seus trabalhos este sábado na capital italiana, Roma, exigiram às Nações Unidas (ONU) e ao Conselho de Segurança que acelerem a organização do referendo de autodeterminação do povo saharaui.

Madrid acolherá próxima EUCOCO  - Conferência Europeia de Coordenação do Apoio ao Povo Saharaui

No comunicado final, cuja aprovação concluiu esta edição da Eucoco realizada sob o lema "a autodeterminação do povo saharaui, condição para a paz no Magrebe“, os participantes instaram a ONU e o Conselho de Segurança a abordar "sem demora "a aplicação do referendo no Sahara Ocidental, que prevê a autodeterminação do povo saharaui.

A EUCOCO elogiou a conferência de Abuja, que teve lugar em outubro de 2013, acolheu com satisfação a adoção pelo Parlamento Europeu do relatório Tannock sobre os direitos humanos na região do Sahel, o relatório do Departamento do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, além da investigação levada a cabo por peritos da Universidade do País Basco com a descoberta de fossas comuns no território saharaui.

A 38.ª EUCOCO reconheceu e enalteceu o papel que as mulheres desempenham na resistência saharaui contra a ocupação marroquina.

No grupo de trabalho sobre " política, informações e recursos naturais", os participantes condenaram a pilhagem dos recursos naturais saharauis por Marrocos e seus parceiros europeus, concordando em mobilizar de imediato toda a Europa para que o Parlamento Europeu rejeite o acordo de pesca UE-Marrocos, assim como a necessidade de desenvolver uma "estratégia de comunicação" para a questão saharaui que capte o interesse dos meios de comunicação.

Os membros deste grupo de trabalho irão trabalhar com governos, deputados, associações de direitos humanos, ONGs e comités de solidariedade para que as Nações Unidas e o Conselho de Segurança prorroguem o mandato da MINURSO à proteção dos direitos humanos da população saharaui nos territórios ocupados do Sahara Ocidental e garantam a liberdade de movimento.

Também organizaram uma campanha para a desmilitarização, remoção de minas e eliminação do muro militar de 2.720 quilómetros construído por Marrocos no Sahara Ocidental.

O grupo de trabalho sobre " direitos humanos " instou o movimento solidário com o povo saharaui a apoiar as ações para a libertação de todos os presos políticos saharauis e reforçar as missões de observação.

Os participantes no" grupo de ajuda humanitária”, presidida pelo ministro saharaui  da Cooperação, Brahim Mojtar, expressaram o seu compromisso de  trabalhar individual e coletivamente para a manutenção e o fortalecimento da ajuda humanitária aos refugiados saharauis .

Por seu lado, os participantes nos grupos de trabalho "juventude e desporto” e “cultura" exigiram a proteção do património cultural saharaui, o fortalecimento da União dos Estudantes Saharauis (UESARIO) para desenvolver plenamente o seu papel no apoio aos estudantes e licenciados através da colaboração com diferentes organizações estudantis e juvenis.

O grupo de Trabalho e Sindicatos "denunciou o saque dos recursos naturais saharauis, e exigiu que os acordos agrícolas e de pesca não sejam renovados ou firmados entre a UE e Marrocos.

Os membros do grupo de trabalho expressaram a sua solidariedade com os trabalhadores saharauis nos territórios ocupados do Sahara Ocidental, e exigiram a libertação de todos os presos políticos saharauis.

SPS

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