quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Marrocos rejeita a observação eleitoral internacional "porque não somos o Sudão"

Sobre fraudes eleitorais... o cartoon de Hic!

O ministro do Interior marroquino, Mohamed Hasad, um tecnocrata ligado ao palácio real de Mohamed VI, descartou solicitar a supervisão de eleições por parte de organismos internacionais argumentando que "o seu país não é como o Sudão", segundo relata hoje o diário local Al Masae e que a Agência EFE reproduz. Um argumento que logo faz lembrar o velho ditado: Quem não Deve ... Não Teme! Sobretudo num país cujo história eleitoral está pejada de casos de fraudes e «chapeladas» eleitorais... 

"Não somos um país como o Sudão, por exemplo, para que venham organismos internacionais supervisionar as eleições" disse Hasad comentando uma proposta de lei do islamista Partido Justiça e Desenvolvimento (PJD, que preside ao atual Governo).

O ministro do Interior marroquino, que proferiu estas declarações ontem na Comissão Parlamentar do Interior e Juntas Territoriais no Parlamento, explicou que "não se sabe quem está por detrás destes organismos" considerando que a supervisão de eleições é um assunto complicado.

O Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) é o organismo oficial encarregado de organizar as formas de supervisão imparcial das eleições e facilitar acreditações a observadores nacionais e internacionais; estos últimos são quase inexistentes.

A proposta de lei do PJD contempla abrir a porta aos organismos internacionais que gozam de credibilidade para supervisionar as eleições em Marrocos, concretamente os organismos dependentes da Organização das Nações Unidas (ONU).

O PJD ganhou as passadas eleições de 2011, muito à frente dos demais partidos, e obteve 109 lugares dos 390 em disputa, mas os analistas consideram que uma repartição de circunscrições distinta, poderia ter obtido muitos mais lugares.

Marrocos tem previsto organizar eleições municipais em 2015 - que já foram adiadas desde 2012 por motivo de conclusão das leis eleitorais — e eleições legislativas em 2016.


Fonte El Diario  - EFE - Rabat

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