sábado, 18 de janeiro de 2014

Marrocos terra de asilo para corruptos, violadores, pedófilos, torcionários e ditadores depostos

Marcel Grosso (Foto imatin.net)

Artigo do site informativo marroquino independente Demainonline:

Segundo a cadeia RFI, Marcel Gosso, ex-diretor-geral do Porto autónomo de Abidjan, na Costa do Marfim, , procurado pela justiça do seu país, vivia tranquilamente em Marrocos desde há três anos. Naturalmente com o conhecimento e à vista das autoridades marroquinas.

M. Gosso, que tomou esta manhã um avião da Rouyal Air Maroc (RAM) para Abidjan onde era esperado por parentes próximos, não é um santo homem. Foi ele, quando dirigia o Porto autonomo de Abidjan, uma formidável máquina de fazer dinheiro, quem financiou durante longos anos as extravagâncias e os abusos do casal Gbagbo, Laurent e Simone, e lhes permitiu resistir à pressão internacional durante a sangrenta guerra civil que abalou aquele país africano.

Após a queda de Laurent Gbagbo(1), em abril de 2011, e a fuga de Gosso para destino desconhecido (Marrocos, mas na época não o sabíamos…), a justiça marfinense emitiu um mandado de prisão contra ele por apropriação indevida de fundos de financiamento e armamento destinado às milícias pró-Gbagbo que devastaram a parte ocidental do país cometendo inúmeros crimes de guerra contra as populações civis.

Se é normal e até louvável que Marrocos dê asilo a pessoas molestadas por várias razões nos seus respetivos países, paradoxalmente, o reino de Mohamed VI quase nunca oferece asilo para escritores, jornalistas e ativistas perseguidos nos seus países. Aqueles que são acolhidos em Marrocos são geralmente canalhas.



(1)                 Laurent Koudou Gbagbo foi presidente do país de 26 de outubro de 2000 a 4 de dezembro de                   2010, ou, segundo seus partidários, até 11 de abril de 2011.
Seu mandato foi marcado por guerra civil que, por vários anos, dividiu o país em dois. Após a eleição presidencial de 2010, tanto Laurent Gbagbo como seu oponente, Alassane Ouattara, proclamaram-se vencedores. Em 4 de dezembro de 2010, data em que terminaria o seu mandato, Gbagbo recusou-se a deixar a presidência do país. Seguiu-se uma crise político-militar, cujo desfecho ocorreu em 11 de abril de 2011, quando Gbagbo foi preso pelas forças lideradas por Alassane Ouattara.

Em 31 de novembro de 2011 foi transferido de sua prisão domiciliar em Abidjan na Costa do Marfim para a prisão do TPI em Haia, para ser julgado pelos crimes cometidos durante sua gestão como Presidente da Costa do Marfim.

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