segunda-feira, 15 de setembro de 2014

A Escócia prepara-se para decidir o seu futuro, enquanto outras nações lutam por conseguir que as suas vozes sejam escutadas




A Escócia decide quinta-feira, dia 18 de setembro, se quer, ou não, ser independente. O referendo levou alguns anos a organizar, mas os saharauis esperam há mais de 23 anos que a ONU cumpra aquilo que decidiu em 1991, tendo para esse efeito criado a MINURSO (Missão das Nações Unidas para o Referendo no Sahara Ocidental).

Enquanto a Escócia se prepara para a grande batalha pela consulta da sua independência de Inglaterra, muitos outros países continuam a lutar pela reivindicação da sua independência ou pela sua sobrevivência cultural. O jornalista Andrew Jehring falou com peritos e líderes da Catalunha, Sahara Ocidental, Quebec, Curdistão iraquiano e Porto Rico para averiguar o que se passa com as suas lutas por esta  reivindicação.

Sob o título “Muitos países lutam por uma oportunidade para reivindicar a sua declaração de independência no momento em que a Escócia decide o seu futuro”, publicado pelo sítio web Courius Animal, o jornalista Andrew Jehring escreve que entre os territórios que reivindicam que lhe seja reconhecido o seu direito à independência está o Sahara Ocidental.

O jornalista entrevistou o representante da Frente Polisario no Reino Unido, Limam Mohamed  Ali, que o pôs a par do atual momento do conflito e destacou que no Sahara Ocidental a luta e as reivindicações “são pela liberdade e a independência e que o território continua a ser o último caso de descolonização em África”.

O representante saharaui defende que todos os esforços pela organização de um referendo colapsaram e foram frustradas. Nesse sentido, aponta que a “intransigência do regime marroquino e o apoio incondicional que recebeu de vários países ocidentais, sobretudo da França,” travam qualquer esforço de paz no território.

“Ainda que a ONU tenha negociado um cessar-fogo em 1991 que se mantem até hoje, não houve nenhum progresso para além desse. “O referendo na Escócia levou alguns anos a organizar”, afirma o diplomata saharaui citado pelo sítio web britânico, “mas no Sahara Ocidental os saharauis esperam há mais de 23 anos que a MINURSO (Missão das Nações Unidas para o Referendo no Sahara Ocidental) possa cumprir a sua tarefa de organização da consulta.


SPS

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