O Chefe de Governo da Tunísia,
Habib Essid, foi convidado para uma visita oficial a Marrocos de 9 a 11 de
Fevereiro de 2016. Mas ele foi obrigado a adiar a sua visita quando se
apercebeu que o rei de Marrocos havia-lhe preparado uma armadilha. Ele ia
recebê-lo na cidade de El Aaiún, capital do Sahara Ocidental ocupado por Marrocos
numa tentativa clara de perturbar as relações da Tunísia com a Argélia.
Mohamed VI, zangado, esquivar-se-ia
ao encontro com o primeiro-ministro tunisino visitando a China. Aliás, segundo
a imprensa marroquina, Habib Essid apenas se avistou com o seu homólogo marroquino,
Abdelilah Benkirane.
Habib Essid, em entrevista à
televisão oficial, teve que se esquivar de uma outra armadilha relacionada com
o Sahara Ocidental. "Qual é a sua opinião sobre a questão da integridade
territorial de Marrocos e os grandes investimentos anunciados por sua Majestade
o rei nas nossas províncias do sul e qual é a sua opinião sobre a última
resolução do Conselho de Segurança sobre o nosso Sahara?". Esta a pergunta
que lhe foi colocada pela jornalista marroquina, o que equivale a uma das duas
posições: ou ela queria provocar o responsável tunisino ou então ela é estúpida
que nem uma porta.
Espantado com a pergunta, e
após uma breve pausa, o prim3eiro-ministro tunisino respondeu: "A Tunísia apoia
os esforços das Nações Unidas no Sahara Ocidental".
Importa recordar, que o SG da
ONU, Ban Ki-moon, também recusou a proposta do rei Mohamed VI de o receber em El
Aaiún. Razão pela qual, Marrocos não autorizou a aterragem do SG da ONU na capital
saharaui. Em resposta ao desafio marroquino, Ban Ki-moon decidiu visitar a sede
da MINURSO que se encontra na localidade de Bir Lehlou, no coração dos territórios
libertados saharauis e onde a Frente Polisario proclamou, a 27 de Fevereiro de 1976,
a República Árabe Saharaui Democrática.
Fonte: Diaspora
Saharaui
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