APS – Boumerdes – O Secretário-Geral
da Frente Polisario e Presidente da República Saharaui Democrática (RASD),
Brahim Ghali, apelou hoje, terça-feira, em Boumerdes, ao Conselho de Segurança da
ONU a “tomar medidas fortes e urgentes para pôr fim à " escalada de Marrocos
na última colónia em África”.
Na sua intervenção na abertura
da 7ª edição da universidade de verão para os quadros da Frente Polisario e da RASD,
o presidente saharaui sublinhou que "o Conselho de Segurança deve adotar
com urgência medidas concretas e decisivas para pôr fim à atitude de Marrocos
que constitui uma grave violação da Carta da ONU, uma intervenção descarada nos
seus poderes e uma ameaça para a paz e a estabilidade internacional".
"Face à intransigência
e à escalada do ocupante marroquino, que conta com o vergonhoso apoio de França
e de partidos internacionais conhecidos pelo seu passado colonial, a ONU é
chamada a assumir a responsabilidade total para completar o processo de
descolonização do Sahara Ocidental, a última colónia em África ", afirmou.
O presidente saharaui instou a
ONU a "que tome as medidas necessárias para impor sanções sobre o estado
de ocupação, para levar [Marrocos] a respeitar o direito internacional e
definir com urgência a data da organização de um referendo de autodeterminação
para o povo saharaui".
O presidente saharaui pediu
também o levantamento do estado de sítio imposto aos territórios ocupados do Sahara
Ocidental e por fim à repressão, defendendo o estabelecimento de um mecanismo da
ONU para a proteção y vigilância dos direitos humanos nesses territórios.
Salientou ainda a necessidade
de libertar os presos políticos saharauis que jazem nos cárceres marroquinos e
de fazer luz sobre o destino dos desaparecidos saharauis, exigindo o fim do saque
dos recursos naturais saharauis.
A 7ª edição da Universidade
de verão para os quadros da Frente Polisario e da RASD, iniciou os seus
trabalhos na Universidade Mohamed Bouguerra (Boumerdes), presidida pelo ministro
saharaui da Construção dos Territórios libertados saharauis Mohamed Lamine
Buhali.
Cerca de 400 quadros, membros
da sociedade civil argelina e personalidades internacionais, ativistas da defesa
dos direitos humanos participam neste evento.
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