Londres, 30
de outubro de 2017 (SPS)-. O Observatório dos Recursos Naturais saharauis (WSRW)
revelou este sábado no seu relatório a existência de operações ilegais de
exploração petrolífera levadas a cabo pela segunda vez pela companhia norte-americana
Kosmos Energy perto de Dakhla, no extremo sul do Sahara Ocidental ocupado.
Já no seu
relatório de fevereiro passado o Observatório advertia que se estavam levando a
cabo atividades de prospeção ilegal pela mesma empresa.
No seu
último relatório, o WSRW revela que "um navio de exploração offshore e um
navio de propriedade da Kosmos Energy realizam, no local de Bir Kara, manobras
usadas apenas para determinar as reservas de petróleo". Este local é precisamente
o mesmo onde "a empresa norte-americana iniciou as primeiras sondagens de
petróleo no Sahara Ocidental".
O Observatório
dos Recursos Naturais saharauis sublinha que a Kosmos Energy “manipulou os seus
acionistas ao ocultar-lhes documentos de direito internacional que definem o Estado
do Sahara Ocidental”.
A Kosmos
Energy há anos que tem estado ativa na prospeção e perfuração de petróleo e gás
nas costas saharauis ocupadas, com a autorização da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos
e Minas, um companhia propriedade do Estado ocupante marroquino, recorda o WSRW.
A exploração
da Kosmos Energy nesta área com a autorização das autoridades de ocupação marroquinas
“é uma violação das resoluções do Conselho de Segurança, nomeadamente na
opinião do ex-Assessor Jurídico do Conselho, Hans Corell, que afirmou que qualquer
exportação dos recursos naturais no Sahara Ocidental constituem uma violação do
direito internacional, já que esta atividade não está de acordo com a vontade e
o interesse do povo saharaui”, conclui o relatório.
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