Nova
Iorque, 25 de Setembro de 2018 (SPS) - A questão da descolonização
do Sahara Ocidental suscitou grande interesse entre os participantes
do "Nelson Mandela Peace Summit" das Nações Unidas,
organizado em honra do falecido líder africano no centenário do seu
nascimento.
A
Cimeira da Paz Nelson Mandela, que precedeu o início da 73ª sessão
da Assembleia Geral, constituiu uma homenagem ao centenário do
nascimento do combatente anti-apartheid e pai da democracia na África
do Sul.
A
cimeira começou com a inauguração de uma estátua em tamanho real
de Mandela pelo presidente sul-africano Cyril Ramaphosa, acompanhada
pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, e a presidente da
Assembleia, a equatoriana María Fernanda Espinosa.
O
presidente da República da África do Sul, Cyril Ramaphosa, destacou
que a luta de Nelson Mandela é uma luta de todos os povos que
continuam a sofrer conflitos, enfatizando que a ONU foi bem sucedida
na resolução de alguns conflitos, mas não conseguiu pôr fim a
alguns de long a duração como é o caso do problema do Sahara
Ocidental.
Por
seu lado, o presidente da Comissão da União Africana, Moussa
Mohammed Fakki, disse que Mandela continuará a ser uma fonte de
inspiração para as futuras gerações, em referência ao seu papel
destacado em apelar à unidade na luta pela liberdade.
No
seu discurso, o chefe de Estado e Governo do Zimbabué, Emmerson
Mnangagwa, disse que honrar Mandela sem tomar medidas para resolver
suas preocupações sobre a paz, a erradicação da pobreza e a
resolução de conflitos constitui uma traição aos sacrifícios que
ele fez toda a sua vida.
Nesse
sentido, Mnangagwa exortou os líderes mundiais a alcançar e
defender os ideais de paz, igualdade, dignidade humana e justiça do
líder sul-africano desaparecido e promover a harmonia em todo o
mundo.
O
Presidente da Zâmbia, Edgar Lungu, por seu turno, apelou à
manutenção e homenagem do legado de Mandela, apoiado pelos seus
princípios e valores de paz, reconciliação, tolerância e respeito
pelos direitos humanos.
O
secretário-geral da ONU descreveu Mandela como um líder que dedicou
a sua vida a servir a sua comunidade como advogado, prisioneiro de
consciência e promotor da paz, e recomendou aos líderes do mundo a
enfrentar as ameaças atuais com sabedoria, coragem e a força que
ele personificou.
Os
participantes decidiram declarar os próximos 10 anos como a Década
Internacional para a Paz de Nelson Mandela.
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