Por un Sahara Libre – 06-10-2018 - O
preso político saharaui Mohamed Lamin Haddi, do grupo Gdeim Izik,
actualmente detido na prisão de Tiflet 2, em Marrocos, iniciou uma
greve de fome a 5 de Outubro contra o assédio diário, os
maus-tratos e o confinamento prolongado a que está sujeito desde a
sua transferência em 2017 da prisão de El Arjat. Durante a sua
última greve de fome, Mohamed Lamin Haddi recebeu a promosse de que
seria transferido para uma prisão mais próxima da sua família no
Sahara Ocidental, e também que poderia estudar e receber os cuidados
médicos necessários, promessas que não foram mantidas pelas
autoridades marroquinas.
Todos os prisioneiros do Grupo Gdeim
Izik atualmente encarcerados em Tiflet2 estão em greve de fome.
Mohamed Lamin Haddi juntou-se assim a Abdallahi Abbahah, que iniciou
a sua greve de fome no dia 1 de outubro e a El Bachir Khadda, que
começou a sua greve no dia 18 de setembro.
Os prisioneiros estão sem contacto
humano significativo há meses, vítimas de tortura psicológica,
assédio e maus-tratos. Estão em celas com o mínimo necessário,
sem forma de passar o seu tempo, olhando para as paredes 22 horas ou
mais sob confinamento prolongado.
Os guardas da prisão, sob instruções
estritas da Administração Prisional, “revistam” as celas desses
prisioneiros políticos quase diariamente e Abdallah Abbahah foi
atacado fisicamente.
Apesar das numerosas queixas feitas
pelos prisioneiros, as famílias e a sua advogada Maitre Ouled à
administração da prisão, ao procurador geral, à CNDH e outras
autoridades marroquinas, o tratamento destes prisioneiros tem piorado
diariamente.
As famílias responsabilizam o Reino
de Marrocos pela saúde e a vida destes presos políticos.
Abdallahi Abbahah está numa cela de
isolamento desde o início de sua greve de fome e El Bachir Khadda
está sozinho numa cela na enfermaria.
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