Liberté Algerie – 06-10-2018 –
artigo de Merzak Tigrine - No seu relatório ao Conselho de Segurança
da ONU, António Guterres, que quer uma prorrogação de um ano do
mandato de Minurso, disse que Marrocos e a Frente Polisario
concordaram em participar nas conversações que Horst Köhler pediu.
Marrocos e a Frente Polisario
concordaram a 2 e 3 de outubro, respectivamente, em participar dessas
"discussões preliminares", diz o secretário-geral da ONU
no seu relatório enviado quarta-feira ao Conselho de Segurança.
António Guterres disse estar confiante em relação às respostas da
Argélia e da Mauritânia em estatarem presentes enquanto Estados
vizinhos. Nesse sentido, ele enfatizou: "Exorto as partes e os
vizinhos a chegarem à mesa das negociações de boa fé e sem
condições prévias" nos dias 5 e 6 de dezembro, na Suíça,
após o convite que lhes foi endereçado em final de setembro. Pelo
emissário Horst Köhler.
No documento endereçado aos quinze
membros do Conselho de Segurança, António Guterres observa
"desenvolvimentos positivos" no comportamento da Frente
Polisario, e na disposição da Argélia e da Mauritânia em ter "um
papel mais ativo no processo de negociações e um “sinal
encorajador" de Marrocos ao facilitar as viagens do Sr. Köhler
ao Sahara Ocidental durante a sua recente missão.
Quanto ao mandato da MINURSO, o SG da
ONU escreve no seu relatório: "Recomendo ao Conselho estender o
mandato do Minurso por um ano, até 31 de Outubro de 2019, a fim de
conceder ao meu enviado espaço pessoal e tempo (necessário) para
criar as condições necessárias para o avanço do processo
político”. "O papel da MINURSO foi fundamental para permitir
ao meu enviado pessoal, graças aos intensos esforços feitos nos
últimos seis meses, fazer progressos significativos na busca de uma
solução política para a questão do Sahara Ocidental", afirma
o SG da ONU para justificar o seu pedido de prorrogação de um ano
do mandato da MNURSO. No entanto, os EUA parecem querer acabar com
esta missão depois de terem limitado a sua extensão para seis meses
em Abril, em vez dos 12 meses habituais até agora cada ano e que
perduraram duas décadas. Mas o SG da ONU argumenta que "manter
condições pacíficas e estáveis no solo é essencial para
promover uma retomada do processo político", e que "a
MINURSO continua a ser um elemento-chave das Nações Unidas para
obter uma solução política justa, sustentável e mutuamente
aceitável ". O Conselho de Segurança, que se prepara para
renovar o mandato da MINURSO a 29 de outubro, incluiu na sua agenda
duas sessões de discussões sobre a Missão das Nações Unidas para
o Referendo no Sahara Ocidental para 9 e 11 de outubro, cujo tema
principal será a duração do novo mandato da missão.
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