quarta-feira, 7 de novembro de 2018

O Governo saharaui manifesta a sua firme condenação ao discurso do rei de Marrocos e sublinha que a presença marroquina no Sahara Ocidental continua a ser uma ocupação






Chahid El Hafed (Acampamentos de Refugiados), 7 de novembro de 2018 (SPS) – O Governo da República Árabe Saharaui Democrática condenou energicamente o conteúdo do discurso do Rei de Marrocos pronunciado ontem, 6 de novembro por ocasião dos 43 anos da invasão marroquina do Sahara Ocidental.
O governo saharaui, em comunicado divulgado hoje pelo Ministério da Informação, recorda a Marrocos "que o Sahara Ocidental não é marroquino e que a presença marroquina no território é apenas uma ocupação militar ilegal, comtodas as práticas do estado de ocupação", incluindo violações flagrantes dos direitos humanos, a pilhagem de recursos naturais e qualquer atividade política, económica, cultural e desportiva são uma violação flagrante do direito internacional e do direito internacional humanitário ".
Marrocos não tem legitimidade ou soberania sobre o território, “a ocupação marroquina não é quem determina a estrutura e as condições do processo de resolução de conflitos. Não existem princípios ou referências para a resolução do conflito no Sahara Ocidental que não sejam os definidos na Carta e nas resoluções das Nações Unidas e da União Africana, como um problema de descolonização, caso contrário, é uma manobra evasiva e sem vergonha, e um obstáculo aos esforços da ONU para resolver o conflito ", diz o governo saharaui na sua declaração.
A este respeito, afirma que "as partes no conflito do Sahara Ocidental estão clara e inequivocamente definidas nas resoluções e documentos das Nações Unidas, nomeadamente: o povo saharaui, através do seu legítimo e único representante, a Frente Polisário, e o Reino de Marrocos "e acrescenta que a linguagem da arrogância utilizada no discurso do rei de Marrocos e sua tentativa de ignorar uma das partes no conflito refletem uma clara vontade de obstruir os esforços da ONU e pretende abortar o processo de paz.
O Governo saharaui condena a política marroquina que, desde a sua adesão à União Africana, mais não fez que violar uma após a outra a lei de base da União Africana e os seus princípios, prejudicando a sua unidade e harmonia.
A República saharaui, condenando estas práticas de dominação, está preparadano entanto para implementar a decisão da União Africana e trabalhar com o Reino de Marrocos para resolver a disputa como dois membros da organização continental, sublinha o comunicado.
A Frente Polisario, segundo o comunicado, renovou a sua sincera vontade de colaborar com os esforços do Secretário Geral das Nações Unidas e do seu enviado pessoal, o antigo presidente alemão Horst Köhler, para uma solução do conflito que permita a autodeterminação do povo saharaui.



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