Fonte
e imagem: Periodistas
en español / Por Jesús Cabaleiro Larrán
• Em
junho
de 2017 a
Al
Arabiya TV já
descrevia
Marrocos
como “força
de
ocupação”
no
Sahara
mas
então a estação qualificou o facto com “erro
técnico” na
sequência dos protestos
da
embaixada
marroquina
• Agora
a imprensa
marroquina
qualifica
como “atravessar
todas
as
linhas vermelhas”
a
emissão
de um documentário
sobre
o
Sahara
emitido pelo
canal
televisivo Al Arabiya
O
seu conteúdo mostra que
Marrocos
“invadiu
e
ocupou”
o
Sahara
quando
Espanha
abandonou
o território.
Além
de fazer uma cronologia
sobre
o longo conflito
o
documentário recorda que
a
Frente
Polisario é
o “representante
legítimo do
povo saharaui”
e
enumera a vasta lista
de países que reconheceram
a República
Árabe Saharaui Democrática (RASD).
A
Al Arabiya TV é um canal em língua
árabe
que nasceu em 2003 e, embora transmita a
partir do Dubai,
a
sua sede está baseada na
Arábia Saudita. Em junho de 2017, a
cadeia já descrevia
Marrocos como uma "força de ocupação" no Sahara,
mas depois qualificou
o facto como "erro
técnico" após
protestos
da embaixada marroquina.
Dado
o que aconteceu, a imprensa
marroquina
está pedindo algum tipo de reação formal contra a Arábia Saudita,
uma vez que é uma "violação da amizade histórica" dos
dois reinos, ao
atacar
a "integridade territorial".
A
reação da República Árabe Saaraui Democrática (RASD) também já
teve lugar e
é mais moderada. O representante da RASD na França, Bachir Ubbi
Buchraya, afirmou que querem evitar abordar as diferenças que afetam
os
"dois
países, mesmo se um deles é a nossa potência colonial, Marrocos",
acrescentando que os
saharauis não
têm uma posição oficial sobre esta disputa.
Em
declarações
a um jornal argelino, o
representante saharaui disse
que tem
esperança que
Riad, que - recorda - "ocupa uma posição fundamental no mundo
árabe e islâmico" - , não aja apenas com gestos em sua reação
bilateral a Marrocos, mas compreenda "O legítimo direito à
autodeterminação do povo saharaui".
A
transmissão do documentário ocorre após outros gestos que mostram
uma certo
distanciamento
entre
os dois reinos. Recorde-se
que o
príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohamed Bin Salman, não
visitou Marrocos no
seu
última périplo
por
diferentes países árabes em novembro de 2018.
Devemos
recordar
ainda que
o rei Salman Ibn Abdelaziz não foi a Tânger no verão passado, que
a Arábia Saudita não votou na candidatura de Marrocos, mas sim na
dos EUA, à organização
da
Copa do Mundo de 2026, assim como que a
monarquia saudita suspeita
da atitude de neutralidade
marroquina nas sanções ao
Qatar.
Neste
sentido, o
ministro
das
Relações Exteriores marroquino, Nasser
Bourita, justificou
recentemente esta atitude
de neutralidade
no
canal
televisivo Al Yazira, rival mediático do
Al Arabiya.
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