As Forças Armadas espanholas vão deslocar um total de 1.500 efetivos pertencentes aos ramos da marinha, exército e força aérea.
1.500 militares de diferentes ramos das Forças Armadas participam das 'macro-manobras' que serão realizadas nas Ilhas Canárias nos próximos dias. O Estado-Maior da Defesa (EMAD) alerta que este exercício, batizado com o nome de Sinergia 01/20, foi "programado" desde o final de 2019 e que, portanto, não tem qualquer tipo de relação com a crise migratória que se vive na região nas últimas semanas. E acrescenta: “Durante estes dias os cidadãos canarinos perceberão a presença ativa de tropas dos Comandos Operacionais em seus espaços terrestres, marítimos e aéreos, o que incluirá sobrevôos de aeronaves militares”.
Recorde-se que nos últimos dias houve vozes políticas - do Vox [partido de extrema-direita] - que apelaram a um destacamento militar na região para travar os fluxos migratórios que têm aportado às Ilhas Canárias. A EMAD, sem fazer referência direta a estes pedidos, avisa que o Sinergia 01/20 foi planeado com vários meses de antecedência.
Um "cenário de crise"
As manobras contemplam a recriação de um “cenário de crise” no qual os integrantes dos diferentes ramos militares testarão a interoperabilidade entre eles. “Desta forma, estão garantidas as tarefas de vigilância permanente dos espaços de soberania nacional”, afirma o comunicado do EMAD.
As manobras militares contam com a participação de 1.500 militares de comandos terrestres, marítimos, aeroespaciais e ciberespaciais. Para a realização dos exercícios serão alocados meios navais - seis navios da Marinha - e recursos aéreos - 14 aviões e helicópteros - uma unidade de artilharia antiaérea, um grupo tático e membros do Centro de Operações e Vigilância da Ação Marítima Marinha e o Comando Operacional Ciberespacial.
Fonte: diário online Ecsaharaui
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