Os Chefes de Estado e de Governo dos 55 países membros da União Africana, incluindo a RASD, reunir-se-ão hoje, sábado, 5 de dezembro de 2020, por videoconferência, para a 13ª cimeira extraordinária dedicada à Área de Comércio Livre Continental Africano (ZLECAF) e o silêncio das Armas no continente.
Na sessão extraordinária será analisado e aprovado o lançamento oficial do início do comércio sob a Área de Livre Comércio Continental Africano em 1 de janeiro de 2021.
Inicialmente programado para julho de 2020, o lançamento oficial do ZLECAF, que foi adiado para o dia 1º de janeiro de 2021 devido à pandemia Covid-19, marca um passo importante no avanço da integração económica africana. A ZLECAF, que representa, segundo a Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA), um mercado potencial de 1,2 mil milhões de consumidores hoje e cerca de 2,5 mil milhões em 2050, constitui um espaço comercial de grande importância para o mundo.
A República Árabe Sarauí Democrática (RASD) é um dos subscritores do acordo para a criação da ZLECAF e “tem trabalhado incansavelmente desde então para que este catalisador do "Made in Africa" se concretize em reconhecimento do compromisso africano da RASD como Estado fundador a emergência de uma Nova África: uma África forte, uma África ousada que se encarrega de defender seus interesses, uma África influente no palco das Nações”- refere a agência oficial do Estado saharaui.
Marrocos ignora os apelos da UA
O ministro dos Negócios Estrangeiros da República Saharaui, Mohamed Salem Ould Salek, disse quinta-feira que o principal objetivo da União Africana de silenciar as armas no ano de 2020, é deparar-se com um grande obstáculo devido à ocupação ilegal marroquina de partes da RASD.
Mohamed Ould Salek, MNE da RASD |
“Não há dúvida de que a continuação da ocupação ilegal marroquina das terras da República Saharaui é um atropelo dos princípios e objetivos que constituem os primeiros alicerces da União Africana, e a coloca perante um desafio plasmado na sua própria carta constitutiva".
Salek afirmou que “qualquer complacência face à agressão expansionista marroquina abrirá as portas a guerras e ingerências estrangeiras e impedirá que o continente e os seus povos vivam um clima de paz necessário ao desenvolvimento sustentável. Por isso, a República Saharaui está atualmente em estado de guerra pela legítima defesa e exige que a União Africana tome todas as medidas necessárias para obrigar Marrocos a pôr termo à ocupação ilegal do território”.
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