quinta-feira, 10 de junho de 2021

O Parlamento Europeu condena (com 397 votos a favor) Marrocos pela utilização de menores na crise de Ceuta.

 


 

 



A resolução foi aprovada com 397 votos a favor e 85 contra.

 

Por Lehbib Abdelhay/ECS - A pressão de Rabat não impediu o Parlamento Europeu de tomar uma posição clara que responsabiliza Marrocos pela crise migratória em Ceuta. Uma resolução acordada pelos quatro principais grupos da câmara condena a utilização por Marrocos da migração em geral e de menores em particular como instrumento de pressão política contra a Espanha.

A resolução foi aprovada por 397 votos a favor, 85 contra e 196 abstenções.

O documento "exprime a sua rejeição da utilização por Marrocos dos controlos fronteiriços e da migração, e em particular dos menores não acompanhados, como meio de exercer pressão política contra um Estado membro da União". Lamenta também que a vida e a segurança dos menores tenham sido postas em perigo e que tenha conduzido a uma escalada da crise política e diplomática entre Marrocos e a União Europeia. Trata-se de um texto acordado entre o Partido Popular, Socialistas, Liberais e Verdes.

O Parlamento Europeu aprovou por 397 votos a favor uma resolução que condena Marrocos pela utilização de menores na recente crise migratória em Ceuta, denunciando "a utilização de controlos fronteiriços, migração e menores não acompanhados" como "pressão política" contra um Estado membro, neste caso a Espanha.

A resolução, promovida pelo partido espanhol Ciudadanos, foi votada após o debate que teve lugar até às 16:40 de hoje, hora de Bruxelas. Na mesma linha, a UE salienta que Marrocos deveria encetar conversações com Espanha "num espírito de diálogo".

Os eurodeputados condenaram unanimemente aquilo a que chamaram "chantagem" de Marrocos com os menores migrantes em Ceuta. Os eurodeputados reafirmam que não irão alterar a sua posição sobre o Sahara, apesar das pressões de Rabat.

Sobre o Sahara Ocidental, os eurodeputados defendem que a pressão de Rabat não a fará mudar a sua posição sobre o Sahara Ocidental, que "se baseia no pleno respeito pelo direito internacional, em conformidade com as resoluções do Conselho de Segurança da ONU e com o processo político liderado pela ONU para alcançar uma solução negociada justa, duradoura, pacífica e mutuamente aceitável para ambas as partes".

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