quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

A Frente Polisario adverte que Marrocos está a planear um ato terrorista para prejudicar a imagem da luta do povo saharaui.




Segundo uma nota da Agência noticiosa oficial saharaui (SPS), o ministro dos Territórios Ocupados e da Diáspora do governo da RASD, Mustafa Sid Bashir, alertou na segunda-feira sobre a possibilidade de o regime de ocupação marroquino executar um ato terrorista destinado a distorcer a luta do povo saharaui. O líder saharaui advertiu que Marrocos demonstrou a sua política de terror aos mais altos níveis de decadência moral ao tratar os civis saharauis indefesos, "prova disso é a criminosa perseguição contra a família da ativista Sultana Jaya". O ministro saharaui salientou que "o regime está pronto a fazer tudo para alcançar as suas miseráveis ambições no Sahara Ocidental".

O ministro saharaui, que tinha a pasta do Interior até há um mês, sublinhou na sua mensagem que "face à execução pelo regime marroquino de qualquer acto terrorista com o qual tente enlamear a Frente Polisario e com ela a luta do povo saharaui, será respondida com força, e serão lançadas investigações internacionais para a desacreditar".
"Sempre que Marrocos aumenta a sua repressão contra os saharauis devido ao cerco causado pela luta saharaui, recorre sempre a todos os métodos maliciosos, acreditando que será útil e que o libertará da situação difícil em que se encontra", explica Sid Bachir, segundo o SPS.
Neste contexto, o ministro saharaui enumerou uma série de métodos que Marrocos tentou implementar para distorcer a luta do povo saharaui e questionar a sua existência. "Durante a Guerra Fria, Marrocos alegou que aqueles que os combatem são um grupo de nacionalidades estrangeiras, e depois, numa fase posterior, tentou implicar os saharauis como extremistas islâmicos", denunciou o dirigente saharaui.
Finalmente, o ministro saharaui esclareceu que, embora Marrocos baseie as suas acusações em pretextos frágeis relacionados com o terrorismo que não existem na realidade, ignora que é o primeiro país a ser a fonte de todas as formas de terrorismo, porque o número de marroquinos envolvidos em movimentos terroristas ultrapassa os milhares, para não falar da droga, o que coloca Marrocos no trono da produção destas substâncias e da sua narco-gestão.

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