Ione Belarra Urteaga, líder do Podemos e ministra espanhola dos Direitos Sociais e Agenda 2030 |
17-03-2022 ECS - A organização Unidas Podemos, que integra a coligação governamento com o PSOE, defendeu que guerra na Ucrânia deve trazer à mente outros casos de "violação" do direito internacional que merecem ser "apontados", como o caso de Marrocos com o Sahara Ocidental ou de Israel com a Palestina, com "ocupações que martirizam" a população, relata a Europa Press.
Isso mesmo foi salientado por Idoia Villanueva, deputada no Parlamento Europeu e chefe do Departamento Internacional de Podemos, durante a apresentação do livro "Uma nova agenda para o Mediterrâneo", que se centra numa proposta alternativa para a relação da Europa com as nações na sua fronteira sul.
Na apresentação do livro interviu também a ministra espanhola dos Direitos Sociais e líder do partido, Ione Belarra. Sobre a guerra na Ucrânia, Belarra disse que todos os "conflitos bélicos resultam do fracasso da política, dos canais diplomáticos e da impossibilidade de resolver as diferenças através do diálogo".
Belarra afirmou que todas as guerras são a imposição da lei do mais forte". E também culpou os conflitos armados por responderem a interesses geopolíticos e socioeconómicos, que são impostos às necessidades das pessoas comuns.
Depois de sublinhar que defenderão a paz mesmo que seja difícil, salientou que é necessário explorar outros tipos de relações com os países da margem sul, com os quais a Espanha tem laços culturais e afetivos.
A líder do Podemos apelou ao desenvolvimento económico e democrático, especialmente nos países africanos, e lamentou que, após 25 anos do chamado Processo de Barcelona para a cooperação na área mediterrânica, ainda existam conflitos "congelados" como o que afeta o Sahara Ocidental ou as crises migratórias.
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