O embaixador do Reino de Marrocos em Portugal, Othmane Bahnini, afirma perentório hoje em entrevista à agência LUSA “que Portugal considera realista o plano de autonomia para o Sahara Ocidental”. Será verdade? E o diplomata tornou-se o «porta-voz» do MNE de Portugal ?… ou, apenas, dá por adquirida uma posição que Marrocos gostaria que Portugal assumisse, semelhante à reviravolta que o chefe do Governo espanhol, Pedro Sanchez, defendeu e que contou com a oposição de todos os partidos representados no Parlamento e no Senado de Espanha (inclusive do seu parceiro de Governo, Unidas Podemos), à excepção do PSOE (onde a decisão foi muito mal recebida…).
Portugal tem um passado histórico que não poderá desperdiçar, ao ter apoiado firmemente a realização do REFERENDO de AUTODETERMINAÇÃO em Timor-Leste e ter denunciado e combatido legalmente a exploração dos recursos daquela sua antiga colónia pela Indonésia e pela Austrália. É um património que honra o país e lhe dá autoridade na cena internacional. A defesa dos princípios.
Marrocos procura isolar a posição de cada um dos países da EU. “Marrocos tem controlo sobre a Europa”, diz Maarten den Heijer, um especialista em direito internacional de imigração na Universidade de Amesterdão. "Os requerentes de asilo (os emigrantes ilegais) são utilizados como um meio de pressão e troca. Todos os países estão a ser chantageados dessa forma". O problema, diz ele, é que a Europa não fala a uma só voz. "Enquanto todos os países europeus fizerem os seus próprios acordos, Marrocos tem a capacidade de chantageá-los a todos um por um".
Uma entrevista a ler. AQUI
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