Saïda El Alami |
Já detida por "insulto a um organismo público" e "difusão de falsas alegações", Saïda El Alami foi objeto de um outro processo por "insulto ao rei".
Le Monde/AFP | Uma ativista marroquina dos direitos humanos, detida há três anos, foi condenada a dois anos de prisão num outro processo por declarações consideradas ofensivas ao rei e à magistratura, informaram os seus advogados na quinta-feira, 25 de Maio. Saïda El Alami "foi acusada de 'ofender o rei' e de 'insultar um magistrado ou um funcionário público no exercício das suas funções', na sequência de comentários que fez durante o seu julgamento anterior", disse à AFP o seu advogado Ahmed Aït Bennacer. O Tribunal de Primeira Instância de Casablanca condenou-a na quarta-feira à noite a dois anos de prisão.
Detida em março de 2022, a marroquina de 49 anos, que se descreve como "dissidente política" no Facebook, publicava regularmente nas redes sociais mensagens críticas às autoridades. Denunciava, nomeadamente, os funcionários dos serviços de segurança e a corrupção no seio do poder judicial, segundo a ONG de defesa dos direitos humanos Amnistia Internacional. A sua nova sentença implica uma coima de 20 000 dirhams (mais de 1 800 euros).
Membro do coletivo "Mulheres marroquinas contra a detenção política", Saïda El Alami manifestou o seu apoio aos jornalistas e ativistas marroquinos condenados pela justiça e presos, como Omar Radi e Soulaimane Raissouni. Na sequência da sua detenção, a Amnistia solicitou às autoridades marroquinas que "ponham termo à perseguição de ativistas que criticaram figuras públicas, representantes ou instituições do Estado, e que assegurem aos cidadãos a liberdade de exprimir as suas opiniões sem receio de represálias".
Le Monde avec AFP
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