sábado, 13 de maio de 2023

Terceiro ataque das forças marroquinas a uma jornalista saharaui


Al-Salha Butenguiza


Por Jesús Cabaleiro Larrán - Periodistas en español | 12/05/2023

As forças de segurança marroquinas atacaram brutalmente, pela terceira vez em dois meses, a jornalista saharaui e correspondente da TVRASD, Al-Salha Butenguiza.

A jornalista saharaui foi agredida por agentes dos serviços secretos marroquinos que ocuparam a sua casa em El Ayoun, após ter participado num evento comemorativo da 50º aniversária da criação da Frente Polisario.

A jornalista já anteriormente se tinha queixado de que o seu domicílio era sistematicamente "vigiado" e que tinha sido objecto, em várias ocasiões, de humilhações, agressões físicas e verbais.

As outras duas agressões anteriores foram em março passado, quando foi alvo de assédio policial num posto de controlo quando viajava com outra activista, Maluma Abdalla, e depois, a 25 de março de 2023, foi espancada por um oficial superior de segurança, um comandante marroquino e os seus assistentes quando saía de sua casa em El Ayoun, sofrendo ferimentos de vários graus nas costas, braço e perna.

As forças de segurança marroquinas impedem-na de exercer o seu direito de trabalhar como jornalista, cobrindo diversas actividades relacionadas com manifestações pacíficas nas cidades ocupadas ou o acolhimento de presos políticos saharauis.

A equipa de correspondentes da Televisão Saharaui condena em comunicado a intimidação e a repressão praticadas pelas forças de ocupação marroquinas contra os activistas e jornalistas saharauis, e apela à intervenção dos governos e das organizações internacionais de defesa dos direitos humanos para proteger os jornalistas activistas saharauis,

A União de Jornalistas e Escritores Saharauis (UPES) já condenou veementemente este ataque à correspondente da rádio e televisão saharaui e sublinhou que os contínuos ataques a activistas e jornalistas mostram a situação preocupante e as graves violações cometidas por Marrocos nas zonas sob o seu controlo no Sahara Ocidental.

Recorde-se o apagão informativo no Sahara, onde é proibida a presença no terreno de organizações internacionais de defesa dos direitos humanos e de jornalistas independentes.

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