A Amnistia Internacional Portugal lançou uma ação urgente para que a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) apresente, na candidatura conjunta ao Mundial de 2030, “uma avaliação de riscos de direitos humanos, elaborada por uma entidade externa, e um plano de mitigação desses mesmos riscos”.
Em causa, está o relatório “A jogar um jogo perigoso? Riscos em matéria de Direitos Humanos associados aos campeonatos do mundo da FIFA 2030 e 2034”, apresentado no dia 6 de junho, que identificou “os principais riscos a considerar pela FIFA e pelos países candidatos, com o intuito de impedir violações dos direitos humanos durante a preparação e a realização dos Mundiais de Futebol”.
A AI Portugal apela a TODAS e a TODOS que se queiram associar a esta iniciativa, o envio de um email ao Presidente da FPF, Dr. Fernando Gomes, e sugere um texto para o mesmo:
Email: candidatura2030@fpf.pt
Assunto: Direitos Humanos no centro da candidatura ao Mundial FIFA 2030
Ex.mo Senhor
Presidente da Federação Portuguesa de Futebol
Dr. Fernando Gomes
A 6 de junho, a Amnistia Internacional lançou o relatório “A jogar um jogo perigoso? Riscos em matéria de Direitos Humanos associados aos campeonatos do mundo da FIFA 2030 e 2034” em que destacou os principais riscos para os direitos humanos associados ao acolhimento do Mundial de Futebol 2030, riscos esses que deverão ser considerados para que a FIFA e os países candidatos consigam impedir violações dos direitos humanos durante a preparação e a realização do evento.
Nesse relatório são referidos vários riscos para os direitos humanos inerentes à organização do Campeonato do Mundo em Portugal e são feitas várias recomendações para que esses riscos sejam eliminados ou, pelo menos, mitigados.
Escrevo-lhe a apelar a que a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) tenha em consideração as recomendações feitas pela Amnistia Internacional na proposta que terão de apresentar até ao final de julho. Peço ainda que a FPF consulte, de forma significativa, os representantes dos adeptos, sindicatos, grupos de direitos humanos e outros na elaboração dessa proposta.
A história demonstra que o Campeonato do Mundo pode ser uma fonte de dignidade ou de exploração, de inclusão ou de discriminação, de liberdade ou de repressão. A Federação Portuguesa de Futebol tem de escolher o lado certo da história, e colocar os direitos humanos no centro da candidatura ao Mundial 2030.
Cumprimentos,
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