sábado, 31 de agosto de 2024

Encontro Brahim Ghali-António Guterres em Díli (Timor-Leste): Ratificado compromiso da ONU em alcançar uma solução para o conflito do Sahara Ocidental

 


Díli, Timor-Leste, 31/08/2024 - (SPS) - Durante a sua participação no 25º aniversário da organização do referendo de autodeterminação em Timor-Leste, o Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, manifestou ao Presidente da República Saharaui e Secretário-Geral da Frente POLISARIO, Brahim Ghali, o seu empenho em trabalhar por todos os meios para alcançar uma solução para o conflito do Sahara Ocidental, no quadro da aplicação das resoluções da ONU, a fim de permitir ao povo saharaui exercer o seu direito à autodeterminação.

O líder saharaui, que se reuniu com o SG da ONU, felicitou este último pela cidadania honorária que lhe foi concedida pelo povo e governo timorenses em reconhecimento dos seus esforços para completar o processo de descolonização de Timor-Leste, quando era Primeiro-Ministro de Portugal, então potênciua administrante até à consulta popular de 30 de agosto de 1999.

Brahim Ghali elogiou Guterres, mas também lhe lembrou que os casos do Sahara Ocidental e de Timor-Leste são de natureza jurídica semelhante, historicamente sincronizados e de génese semelhante, mas que o povo saharaui ainda espera pela oportunidade de desfrutar de um dia da democracia em que possam escolher livremente o seu próprio destino, como fez o povo timorense há vinte e cinco anos.

O líder saharaui sublinha mais uma vez a necessidade de a MINURSO (Missão das Nações Unidas para o Referendo no Sahara Ocidental) e a ONU assumirem a sua total responsabilidade de proteger os civis desarmados e pôr fim à pilhagem dos recursos naturais, uma vez que o Sahara Ocidental está sob a responsabilidade directa da organização e está pendente de um processo de descolonização.

O Sahara Ocidental, ocupado desde 1975 por Marrocos, apoiado pela França, é a última colónia em África pendente de descolonização. O mundo continua indiferente ao último território colonial de África, que espera que a ONU ponha fim ao processo de descolonização, como o fez com Timor-Leste.

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