sexta-feira, 14 de junho de 2013

Frente Polisario pede à ONU que crie um fundo para que Marrocos pague pelo saqueio dos recursos naturais no Sahara Ocidental


A situação nos acampamentos de refugiados saharauis de Tindouf, Argélia, é muito grave. Os cortes na ajuda humanitária por parte dos países doadores são demasiados grandes e põem em sério risco os refugiados saharauis que continuam a sofrer as agruras do exílio devido à ocupação marroquina do seu território, em 1975. Por isso, a Frente Polisario procura opções de ajuda internacional em novos países doadores.

O ministro de Cooperação saharaui, Brahim Mojtar, afirmou nas VII Jornadas das Universidades Públicas Madrilenas sobre el Sahara Ocidental que “estamos a promover duas iniciativas novas, com caráter de urgência, que requerem o apoio político do mundo e da solidariedade internacional.

Por um lado, estamos tratando de organizar una Conferência Internacional de Países Doadores, na qual todos se comprometam a fazer as suas doações em momentos concretos, para se poder elaborar um plano que permita organizar a chegada da ajuda humanitária escalonada e que garanta um fluxo permanente de abastecimento aos acampamentos de refugiados saharauis”.

Brahim Mojtar

Mas para fazer frente à gravidade d crise, a iniciativa que realmente poderia catapultar definitivamente as opções de garantir a sobrevivência dos saharauis, tanto nos acampamentos como nos territórios ocupados, melhorando também as suas condições e qualidade de vida, é a de “instar as Nações Unidas a criaram um fundo económico que nos permita, de uma vez, beneficiarmos da espoliação dos recursos naturais do Sahara Ocidental que está levando a cabo Marrocos”, assegura Mojtar.

Segundo Brahim Mojtar, Marrocos saqueou recursos naturais no Sahara Ocidental em 2012 no montante de 4,5 mil milhões de dólares (3,4 mil milhões de euros). “As Nações Unidas sabem-no e nós também, por isso propusemos que a ONU obrigue Marrocos a entregar ao referido fundo uma percentagem fixa desse benefício, que deve beneficiar diretamente o povo saharaui”.


Fonte: RASD News / Por Elisa Pavón

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