De acordo com uma fonte
diplomática nos Estados Unidos, Marrocos pediu a Washington que clarificasse a sua
posição sobre a questão do Sahara Ocidental e a sua relação com Marrocos.
Na verdade, este apelo não é
o primeiro do género. De maneira implícita, ele foi formulado pelo rei de Marrocos,
Mohamed VI, durante o seu recente discurso ante a Cimeira do Conselho Geral de
Cooperação dos países do Golfo.
“A situação é grave, há uma confusão
nas tomadas de posição e duplicidade de linguagem na expressão de amizade e de
aliança, paralelamente às tentativas de apunhalamentos pelas costas”, afirmou o
rei.
Os observadores seguiram com bastante
interesse o discurso de Mohamed VI.
A resposta foi dada ontem num
comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação na sequência da
aprovação da resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas que prorroga o
mandato da MINURSO.
“Marrocos lamenta que o membro
do Conselho de Segurança que tem a responsabilidade pela formulação e apresentação
do primeiro projeto de resolução tenha introduzido elementos de pressão, coação
e debilitamento e tenha diligenciado contra as relações que o unem ao reino de
Marrocos”. Uma clara e explícita alusão aos EUA, dado que é o país encarregado
de redigir o esboço de resolução sobre o Sahara Ocidental.
No próprio interior dos Estados
Unidos, a posição ambígua e a manobra diplomática levanta dúvidas sobre a
credibilidade de Washington ante Marrocos.
30-04-2016 - EL CONFIDENCIAL SAHARAUI.
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