quinta-feira, 14 de julho de 2016

Marrocos faz “marcha atrás”: Aterra em El Aaiún o avião com o primeiro grupo de pessoal civil da MINURSO




Aterrou terça-feira, 12 de Julho 2016 ao meio-dia no aeroporto de El Aaiún o avião com o primeiro grupo de pessoal civil da Minurso, prevêem-se mais chegadas até ao final da semana.

Segundo fontes saharauis a partir de El Aaiún ocupada, aterrou no aeroporto da capital o primeiro avião com o primeiro grupo de 25 membros do pessoal civil da MINURSO expulso por Marrocos no passado mês de Março, o que faz entender um afrouxar de tensões entre Rabat e a ONU.

Marrocos anunciou então que a decisão era irreversível e soberana.
A ONU mantem há meses negociações com Marrocos para que este readmita o pessoal civil da MINURSO que expulsou. Segundo fontes diplomáticas anónimas, as negociações produziram resultados favoráveis à causa saharaui.

"Marrocos ofereceu o mês passado deixar que 25 membros do pessoal fossem de novo reincorporados, afirmou uma fonte à Reuters. Mas esta proposta foi rejeitada pelo Conselho de Segurança.

As mesmas fontes diplomáticas afirmaram também que Marrocos e a ONU queram pôr fim à sua guerra particular já que Marrocos está muito interessado na presença de Ban Ki moon na próxima reunião especial de alto nível sobre mudanças climáticas que terá lugar em Novembro, em Marrocos.

Um funcionário da ONU no anonimato afirmou: ''Se isto não se resolve, imagino que o Secretário-Geral não assistirá à reunião sobre a mudança climática."

Em Abril, o Conselho de Segurança da ONU estendeu o mandato da MINURSO por mais um ano e exigiu a urgente restauração da sua completa funcionalidade. No entanto, diplomatas do Conselho de Segurança e funcionários da ONU afirmaram que as negociações sobre como restaurar a completa funcionalidade da MINURSO estão sendo lentas e difíceis devido à obstaculização que sofrem por parte de Marrocos.
É a pior disputa de Marrocos com as Nações Unidas desde 1991, quando a ONU negociou o cessar-fogo para pôr fim à guerra no Sahara Ocidental e criou a MINURSO. A disputa surgiu porque Ban Ki moon pronunciou a palavra ''ocupação'' na sua visita aos acampamentos de refugiados saharauis. Algo que não agradou a Rabat apesar de ser verdade.

A Frente Polisario exige a autodeterminação para o Sahara Ocidental, quer um referendo sobre a independência do território. Marrocos diz que só concederá a autonomia. Antes das expulsões, a MINURSO contava com cerca de 500 membros entre pessoal militar e civil.
La prensa española a través de sus corresponsales en Marruecos, omite cualquier tipo de información sobre la vuelta del personal civil de la misión de Naciones Unidas para el referéndum del Sáhara Occidental, MINURSO.

Imprensa espanhola muda e calada!

A imprensa de Espanha não se faz eco desta importante notícia relacionada que a antiga colónia espanhola do Norte de África, que abandonou em 1975…
Não é a primeira vez que a imprensa espanhola realiza este tipo de bloqueio informativo sobre acontecimentos que têm especial importância para a opinião pública espanhola, que segue com atenção a situação preocupante nos territórios ocupados do Sahara Ocidental.

Por outro lado e de acordo com a informação divulgadas por Defensores de Direitos Humanos Saharauis a partir dos territórios ocupados, durante o mês do Ramadão as cidades saharauis foram palco de massivas manifestações .


Fonte: El Confidencial Saharaui

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