Na sequência da publicação da mais recente Newsletter da
AAPSO (Outubro), Jean Pierre Catry, nosso associado e nome grande na história
da solidaridade à autodeterminação e independência do povo de Timor-Leste,
escreve-nos uma carta. Merece a pena lê-la e refletir no que lá se diz:
“Sou provavelmente dos sócios mais calados da associação mas
o último boletim e a eleição de Guterres empurram-me a dar uma opinião.
No boletim é a notícia sobre a intervenção do rei de
Espanha, Felipe VI e a resposta da organização "por um Sahara livre".
Esta critica ao rei por ter feito uma intervenção redundante e vazia, terá as
suas razões...
No início dos anos 80 comecei a escrever sobre Timor e
também criticava o governo português, mas com o tempo as organizações que defendiam
a autodeterminação começaram a ter contactos nos meios políticos, presidência e
governo, e começou a haver cooperação. Felipe VI é, talvez, suficientemente
novo no poder por favorecer uma viragem na política espanhola se for apoiado
neste sentido?
E é aqui que entra a eleição de Guterres. Portugal ganhou
credibilidade a nível internacional com a independência de Timor quando
Guterres era 1º ministro. Guterres é, provavelmente, o melhor colocado para
convencer espanhóis e marroquinos dos benefícios que Portugal e a Indonésia
retiraram da resolução do problema de Timor.
A AAPSO pode talvez sensibilizar as associações de
solidariedade neste sentido.”
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