quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

3 ativistas de El Aaiun condenados a dois anos de prisão




Observadores internacionais que iam assistir ao julgamento em El Aaiun foram expulsos para as Canárias.

21 de Dez. 2016 – porunsaharalibre - Ali Saadouni, Nouradin Elargoibi e Khaliehna Elfak foram condenados hoje no tribunal de El Aaiun a dois anos de prisão efetiva.

As autoridades marroquinas de ocupação acusaram os ativistas de agredir um polícia marroquino, o que é falso.

Nas proximidades do tribunal estavam dezenas de agentes marroquinos sobretudo dos serviços de inteligência que impediram a maioria dos saharauis de participarem no julgamento.

Os três ativistas são membros da Comissão que recusa a nacionalidade marroquina imposta pelo ocupante e participam diariamente em protestos e atividades não-violentas pela autodeterminação do povo saharaui.

Recentemente fizeram uma campanha para boicotar as eleições marroquinas no Sahara Ocidental ocupado.

Os advogados José Revert Calabuig e Nieves Cubas Armas, representantes do Conselho Geral espanhol Advogados, expulsos de El Aaiún.


Os advogados José Revert Calabuig e Nieves Cubas Armas, representantes do Conselho Geral espanhol de Advogados, que tinham planeado assistir ao julgamento, foram expulsos do aeroporto de El Aaiun e obrigados a regressar à Gran Canaria.

Não se sabe ainda para qual prisão irão ser enviados os ativistas que estão atualmente na prisão negra de El Aaiún. A política marroquina nos últimos meses tem sido transferir todos os presos políticos para território marroquino, o que constitui uma violação da convenção de Genebra e representa um sequestro.


Ali Saadoni agradeceu no tribunal a solidariedade demonstrada a nível da população saharaui e a nível internacional e afirmou que o regime marroquino está em crise o que se pode ver pelos acontecimentos internos e externos.

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