O secretário-geral
da ONU, António Guterres, expressou o seu compromisso com a agenda de
descolonização, que descreveu como um dos mandatos decisivos do organismo
mundial.
Ao falar na primeira
reunião organizativa de 2017 do Comité de Descolonização, Guterres traçou um
relato pessoal do que viveu em Portugal durante a ditadura de Antonio Salazar e
de como a luta pela democracia no seu país esteve associada à descolonização de
vários territórios em África e na Ásia.
Recordou as
guerras impostas aos povos de Angola, Moçambique, Guiné-Bissau e Cabo Verde e
os estreitos vínculos que se criaram entre os democratas portugueses e os movimentos
de libertação desses países.
Guterres
afirmou que desde então acompanhou de muito perto os trabalhos do Comité, também
conhecido como Comité Especial dos 24, e ressaltou o longo percurso percorrido
desde a sua criação pela Assembleia Geral da ONU.
“Quando foi criado
em 1962, a ONU tinha 110 Estados. Hoje já são 193 os membros e a maioria dos novos
são ex-colónias. Este Comité Especial jogou um papel vital no processo, cumprindo
fielmente o mandato que lhe foi atribuído pela Assembleia Geral”, afirmou Guterres.
O titular da
ONU sublinhou que não obstante os avanços significativos, restam ainda 17
territórios sob a sua jurisdição e expressou ao Comité o seu compromisso de o
assistir na procura do formato apropriado e do momento oportuno para completar a
descolonização, tomando em conta as circunstâncias particulares de cada território.
Durante a
sessão, o representante permanente da Venezuela junto da ONU, Rafael Ramírez, foi
reeleito presidente do Comité de sessão de 2017.
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