Omar Mansour |
Fonte: MAE RASD 22 Abril 2017- O restabelecimento de relações entre o Reino de Marrocos e Cuba constitui um novo testemunho do fracasso da política de boicote levada a cabo pela monarquia com todos os países que reconheceram a República Árabe Saharaui Democrática.
Hoje, depois de 30 anos de ruptura, Marrocos reata essas
relações com Cuba, sem nenhuma condição e dispõe-se a abrir a sua embaixada na Habana
para conviver com a embaixada saharaui na capital do heróico povo cubano, cujas
posições de apoio e cooperação com a justa causa do povo saharaui se mantêm firmes
nos domínios do apoio ao direito do povo saharaui à sua soberania e independência
e nos domínios de cooperação em matéria educativa e de saúde pública.
Nós, saharauis, interpretamos este mudança de estratégia
de Marrocos de conviver com a República Saharaui na União Africana , na Argélia
, Etiópia , Nigéria , Quénia , África do Sul, Angola, México, Panamá … e agora Cuba
como um sinal de fortaleza e consolidação do reconhecimento do Estado Saharaui
a nível internacional e uma confissão do fracasso da política de chantagem e extorsão
levada a cabo por esse país colonialista contra as mais de 80 nações que reconheceram
e estabeleceram relações com o nosso país . À União Africana e a todos esses países
exprimimos a nossa gratidão por sua defesa do direito dos povos à sua autodeterminação,
independência e à descolonização, assim como pela sua fidelidade aos princípios
diretores da sua política internacional.
Nesta ocasião esperamos que Marrocos renuncie à política
expansionista, seja realista e se conforme à legalidade internacional,
aceitando e aplicando as resoluções da União Africana e das Nações Unidas.
Resoluções que reclamam com urgência o fim da descolonização do Sahara
Ocidental, com a aplicação do direito do povo saharaui à sua autodeterminação e
deixe de obstaculizar a ação das Organizações Internacionais, de violar os direitos
humanos e de saquear os recursos naturais saharauis, em particular num momento em
que o Conselho de Segurança das Nações Unidas se dispõe a examinar a situação
do Sahara Ocidental e de adotar uma nova resolução sobre o relançamento do processo
de paz.
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