quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Preso político saharaui Mohamed Lamin Haddi está em coma





A vida dos presos politicos saharauis atualmente detidos na prisão marroquina de Tiflet 2 continua todos os dias ameaçada.
Mohamed Lamin Haddi, do grupo de presos do processo de Gdeim Izik — o acampamento da dignidade saharaui que teve lugar há oito anos atrás — entrou em coma esta segunda-feira, 15 de outubro, suspendendo assim, de facto, a greve de fome que havia começado para protestar contra o isolamento desde a sua transferência em setembro de 2017.

A vida de Haddi e dos outros três presos politicos do mesmo grupo — Sidi Abbahah, Bachir Khadda e Mohamed Bourial — permanecem nas mãos da administração da prisão de Tilfet, que parece agir com impunidade.
Mohamed Bourial, assim que chegou na segunda-feira, à prisão de Tiflet, foi privado de todos os seus pertences e imediatamente colocado em confinamento solitário. A sua advogada, doutora Ouled, disse-nos que Bourial continuaria a greve de fome até à morte porque a morte não poderia ser pior do que a prisão de Tiflet 2.
A administração penitenciária de Tiflet 2 tornou o regime de isolamento uma “lei comum” para os presos de Gdeim Izik. O isolamento prolongado tem consequências muito sérias para a saúde física e mental desses homens.
Em vésperas das discussões sobre a renovação do mandato da MINURSO, a questão de proteger a vida deste grupo ainda não está resolvida. A terrível tortura a que esses presos são submetidos é a mais grave ofensa cometida pelo Reino de Marrocos, porque envolve punir, degradar e matar esses homens de maneira progressiva.
O preso Sidi Abbahah esteve proibido de enviar queixas a nível nacional e internacional. Depois de muitos meses, foi-lhe dada uma caneta, mas a carta que queria enviar para a ONU foi bloqueada pela administração da prisão.
Mesmo com escassa informação disponível – os presos só podem telefonar com a família alguns minutos uma vez por semana e têm poucas visitas – confirma-se o pior.
Para proteger a vida destes presos, é urgente que eles sejam transferidos.
Fonte: Por un Sahara Libre

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