Fonte: Por un Sahara Libre -
No final do dia de segunda-feira o ativista Saharaui Ali Saadoni foi
condenado a 7 meses de prisão e uma multa de 5000 Dirham (480Euros).
O acesso ao julgamento foi
restrito, assistindo a mãe e irmã de Saadoni mas os ativistas
saharauis foram impedidos de entrar assim como o tradutor de dois
advogados espanhóis acreditados pelo conselho de advocacia
espanhola.
O advogado de defesa denunciou
as várias violações dos procedimentos processuais e afirma que não
se tratou de um julgamento com as garantias necessárias para que se
possa considerar um julgamento justo e imparcial.
Saadoni denunciou mais uma vez
que foi vítima de tortura e maus tratos pelas autoridades
marroquinas e negou todas as acusações.
O julgamento do activista
saharaui Zein Abidin Salek “Bounaaje” que também é acusado de
posse de estupefacientes foi adiado a pedido do seu advogado de
defesa.
O tribunal de El Aaiun esteve
rodeado por agentes das forças de ocupação marroquinas que
impediram o acesso aos saharauis que queriam assistir aos julgamentos
e demonstrar a sua solidariedade.
No mesmo dia houve
manifestações de apoio aos dois ativistas nas ruas “Mizouar” e
“La Visite” e na avenida Mekka em El Aaiun que foram dispersas de
forma agressiva pelas autoridades marroquinas causando vários
feridos entre os manifestantes. Entre os feridos estão conhecidos
ativistas de direitos humanos, o presidente de uma associação de
deficientes, e jornalistas saharauis.
Estas manifestações foram
organizadas pela Coordenadora de Gdeim Izik e por vários grupos de
mulheres saharauis que içaram bandeiras nacionais da República
Árabe Democrática Saharaui e entoaram slogans pela autodeterminação
do Sahara Ocidental. Estas ações são consideradas por Marrocos um
atentado à integridade territorial e soberania do reino e punidas.
De facto, tanto Saadoni como
Bounaaje foram detidos exatamente por içarem bandeiras e defenderem
a autodeterminação do Sahara Ocidental de acordo com as resoluções
das Nações Unidas, sendo posteriormente acusados de posse de droga
e outras acusações falsas.
Sem comentários:
Enviar um comentário