Agência EFE - A ONU prorrogou
esta terça-feira por mais seis meses a missão no Sahara Ocidental
(MINURSO), mantendo a pressão sobre Marrocos e a Frente Polisario
para que prossigam com as negociações que iniciaram no passado mês
de dezembro.
A resolução, aprovada pelo
Conselho de Segurança, dá continuidade à estratégia mantida desde
o ano passado pelas potências internacionais, que optaram por
encurtar os mandatos da Minurso para pressionar as partes e
desbloquear uma conversações que estavam paralisadas há anos.
Desta vez a resolução
proposta pelos EUA foi aprovada com 13 votos a favor e duas
abstenções, da Rússia e da África do Sul.
O texto apoia o processo de
negociações promovido pelo enviado da ONU, o ex-presidente alemão
Horst Köhler, e a colaboração das partes, reiterando a
"necessidade de alcançar uma solução política realista,
viável e durável" para o conflito no Sahara Ocidental.
O Conselho de Segurança apela
a Marrocos e à Frente Polisário para que continuem as negociações
"sem condições e de boa fé" e sublinha a importância
deste "compromisso renovado" para fazer avançar o processo
político.
Sob a mediação de Köhler e
acompanhados pela Argélia e Mauritânia, as partes reuniram-se duas
vezes nos últimos meses, em dezembro e março, e comprometeram-se a
fazê-lo novamente em breve, embora não se tenham produzido
progressos nas conversações.
Por enquanto, Rabat continua a
rejeitar a possibilidade de um referendo para que os saharauis possam
exercer o seu direito à autodeterminação, enquanto o Polisario
insiste nessa via.
A ONU criou a Minurso (Missão
das Nações Unidas para o Referendo no Sahara Ocidental) a fim de
facilitar uma consulta sobre o futuro da ex-colónia espanhola, que
até agora ainda não teve lugar.
Em 2007 Marrocos apresentou
uma proposta de autonomia para a região e considera que esta deve
ser a base da negociação, enquanto a Frente Polisario insiste na
necessidade de convocar esse referendo o mais rapidamente possível.
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