O Governo alemão apelou domingo ao reinício do processo político no Sahara Ocidental para se chegar a uma solução que garanta o direito do povo saharaui à autodeterminação no âmbito das Nações Unidas.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores alemão disse em comunicado que o governo do seu país acompanha de perto os acontecimentos subsquentes à invasão de El-Guerguarat sublinhando que a recente escalada na região constitui "o incidente mais sério "registado desde o acordo de cessar-fogo assinado em 1991.
O Governo alemão tem, neste contexto, apelado ao "reatamento do processo sob a égide das Nações Unidas", indicando "trabalhar com os seus parceiros no Conselho de Segurança para chegar a um acordo negociado, pragmático, prático e duradouro para o conflito do Sahara Ocidental no âmbito das Nações Unidas, tendo em conta o direito dos saharauis à autodeterminação ”.
Salientando que "a operação política progrediu durante o mandato do ex-presidente alemão Horst Kohler como representante pessoal do Secretário-Geral das Nações Unidas", o Ministério das Relações Exteriores da Alemanha sublinha "o compromisso do governo com a reativação deste mandato o mais rapidamente possível ”.
O Governo alemão especificou, a este respeito, ter apelado, durante as últimas consultas no Conselho de Segurança sobre a prorrogação do mandato da MINURSO, para a necessidade de designar no mais breve prazo um enviado pessoal do SG da ONU para o Sahara Ocidental e de ser retomado o processo político, argumentando que “a missão é um instrumento político para construir a confiança entre as duas partes neste conflito que já dura há várias décadas”.
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