quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

'ONU e Conselho de Segurança mantiveram-se indiferentes apesar das inúmeras cartas de advertência enviadas.'' — afirma representante da Polisario nas Nações Unidas

 

Sidi Omar, representante da Frente POLISARIO na ONU

Numa conferência online a partir dos campos de refugiados saharauis, o representante da Frente Polisario nas Nações Unidas apontou os esforços da França para fugir à legalidade internacional em todos os últimos mandatos, bem como as diferentes abordagens apresentadas pelos Secretários-Gerais para resolver o problema em contencioso.

Sidi Omar referiu que o tratamento reservado pela ONU e pelo Conselho de Segurança às questões saharauis foi marcado por "várias voltas e reviravoltas", atribuindo-o à tentativa de alguns países, com a França à cabeça, de "esvaziar o conteúdo do plano de resolução e de contornar o direito do povo saharaui à autodeterminação. ”

Face à inércia da ONU, a Frente Polisário decidiu “rever todo o processo, ainda que a etapa fulcral de revisão tenha passado pela decisão de retomar a guerra de libertação em 13 de novembro de 2020, após a agressão da ocupação marroquina que teve como alvo os saharauis indefesos na brecha ilegal de El Guerguerat. ''

O recomeço da luta armada gerou um ímpeto sem precedentes, disse, lembrando que a Frente Polisario tinha sentido o perigo, dados os abusos da ocupação marroquina face à inércia da ONU.

“As Nações Unidas e o Conselho de Segurança permaneceram indiferentes, apesar das numerosas cartas de advertência que lhes foram enviadas”, acrescentou.

O representante da Frente Polisario nas Nações Unidas, a este respeito, saudou as operações qualitativas levadas a cabo pelo Exército de Libertação Saharaui e acrescentou que “o bombardeamento efetuado (no sábado passado) na brecha ilegal de El Guerguerat pretende ser uma mensagem aos dirigentes das forças de ocupação marroquinas: o exército saharaui pode atacar qualquer lugar em que se alberguem. ''

Fonte: ECS

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