domingo, 15 de maio de 2022

O ministro dos Negócios Estrangeiros saharaui recorda que a guerra entre a República Saharaui e Marrocos não terminará até ao fim da ocupação


Mohamed Salem Ould Salek

ECS – 14 de maio 2022 - No contexto da guerra do Sahara Ocidental da Frente POLISARIO contra Marrocos, o ministro dos Negócios Estrangeiros da República Saharaui, Mohamed Salem Ould Salek, revelou, em declaração divulgada esta sexta-feira por ocasião da reunião da Coligação contra o Estado islâmico realizada em Marraquexe, que a guerra entre a República Saharaui e Marrocos não cessará até ao fim da ocupação marroquina.

"A guerra entre a República Saharaui e o Reino de Marrocos não terminará e não cessará até ao fim da ocupação ilegal marroquina e à conquista pelo povo saharaui de todos os seus direitos à soberania, independência e integridade territorial", afirmou o ministério na sua declaração.

A guerra no Sahara Ocidental continua pelo 14º mês consecutivo, sem perspectivas de um novo cessar-fogo. Os saharauis e o seu legítimo representante, a Frente POLISARIO, afirmaram em mais de uma ocasião que a guerra não vai parar após três décadas de espera para exercer o direito à autodeterminação que lhes foi reconhecido e prometido em 1991. Até agora, a tensão de guerra continua numa fase incremental, com a introdução de mais armas e novos protagonistas.

Recorda que nenhum organismo ou tribunal internacional e/ou regional reconhece a soberania de Marrocos sobre o Sahara Ocidental. "Todos eles, sem excepção, afirmam o direito do povo saharaui à autodeterminação, cujo exercício é uma via obrigatória para uma solução pacífica dada a natureza do conflito saharaui como uma questão de descolonização", sublinha.

"Marrocos renegou os seus compromissos assinados com a Frente POLISARIO, após uma guerra devastadora que durou dezasseis anos, a sua violação das fronteiras internacionais reconhecidas e o seu contínuo atropelo da legitimidade internacional e das suas decisões, fizeram-no recorrer a manipulações, falácias e mentiras para desorientar a sua opinião interna e ganhar tempo para enfrentar uma crise profunda que o empurra todos os dias para o desconhecido", acrescenta a declaração.


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