Desde 20 de Fevereiro de 2023, 03 estudantes e presos políticos saharauis estão em greve de fome na prisão local de Ait Melloul/Marrocos, após mais de 7 anos de prisão política para os dois presos políticos saharauis, "Abdelmoula Al Hafidi" e "Mohamed Saleh Boujemaa Dada", e mais de 04 anos para o preso político saharaui, "Al-Hussein Al-Bashir Ibrahim Amaâdour".
Estes presos, cujas penas ilegais vão de 10 a 12 anos de prisão, exigem que a força de ocupação marroquina ponha definitivamente termo às práticas racistas e degradantes, e exigem o seu direito a tratamento e contacto com o mundo exterior, para além da sua transferência para uma prisão próxima das suas famílias, na qual seriam respeitados todos os seus direitos enquanto prisioneiros de consciência, em conformidade com o que está incluído nas convenções e pactos internacionais, em particular as Regras Mínimas Padrão para o Tratamento dos Prisioneiros.
O Gabinete Executivo do Coletivo dos Defensores dos Direitos Humanos Saharauis no Sahara Ocidental (CODESA), no seguimento do caso da detenção e julgamento e das condições miseráveis destes e de outros presos políticos saharauis em várias prisões marroquinas, declara a “a sua solidariedade incondicional com os estudantes e presos políticos saharauis, que estão em greve de fome, e com as suas famílias, que sofrem completamente os efeitos da privação da liberdade dos seus filhos devido às contínuas detenções, torturas e maus-tratos por parte das forças de ocupação marroquinas”.
A organização defensora dos DDHH “reitera o seu apelo ao Comité Internacional da Cruz Vermelha para assumir a sua plena responsabilidade na proteção dos civis e presos políticos saharauis que se encontram em prisões marroquinas com penas severas e ilegais devido às suas posições a favor do direito do povo saharaui à autodeterminação e à independência”; e apela às organizações internacionais de direitos humanos e a todas as pessoas de consciência viva para que intervenham urgentemente em apoio dos estudantes em greve da fome na prisão local de Ait Melloul / Marrocos, e para que trabalhem no sentido de pressionar a força de ocupação marroquina a dar a todos os presos políticos saharauis a sua liberdade sem restrições ou condições”.
Sem comentários:
Enviar um comentário