Jean-Luc Mélenchon, nasceu em Tânger, Marrocos, a 19 de agosto de 1951. É um político francês, atual líder do movimento França Insubmissa (La France insoumise) que fundou em fevereiro de 2016. Foi o candidato deste partido na eleição presidencial de 2017 e prepara já, com afinco, a sua nova corrida presidencial para 2027.
A sua viagem a Marrocos, com a mais ampla cobertura mediática concedida pelos Media, mais ou menos, ligados ao regime de Mohamed VI (afinal são quase todos, pois os que não o são... veêm-se perseguidos, sufocados financeiramente e os seus jornalistas, tarde ou cedo, acabam na prisão, por ofensas “sexuais” ou à moralidade pública...) tem que ser interpretada à luz das azedadas relações do regime marroquino com o MNE Francês e o ódio de estimação que MVI tem pelo Presidente francês, a quem os serviços secretos do monarca espiaram através do sistema israelita Pegasus, assim como cinco dos seus ministros. Espionagem que o monarca sempre negou, muito embora os «Serviços» israelitas o tivessem confirmado a Macron e pedido desculpa pelo ocorrido, segundo fontes bem informadas.
Coincidência: a vigam ocorre, também, no justo momento em que tem lugar a Sessão Anual do Comité Especial de Descolonização da ONU em que a questão do Sahara Ocidental é debatida e a poucos dias da reunião do Conselho de Segurança sobre a questão.
Jean-Luc Mélenchon é livre de ter as opiniões que quiser sobre as mais diversas questões e, naturalmente, sobre o Sahara Ocidental, mas na qualidade de político com responsabilidade e, para mais, sendo líder de um movimento democrático, de esquerda, e pretensamente respeitador do Direito Internacional não pode abordar o tema displicentemente, espezinhando o Direito dos Povos, louvando o país invasor e o seu regime e ignorando o povo agredido - o Povo Saharaui, a quem Marrocos tudo faz para que NÃO possa, livre e democraticamente, exprimir a vontade quanto ao seu destino através do REFERENDO que a comunidade internacional e a ONU prometem desde os anos 60 do século passado e concretamente desde 1991, quando constituiu a Missão das Nações Unidas para o Referendo no Sahara Ocidental.
Jean-Luc Mélenchon de uma coisa se pode gabar: nunca um político pretensamente de esquerda ou “gauchiste” teve tantos «apaparicos» da Casa Real Aluita, ao ponto do mais próximo conselheiro do Rei e amigo desde a juventude (Fouad Ali El Himma) com ele ter-se encontrado num jantar reservado em Casablanca. Nunca um político de esquerda ou «gauchiste» teve tantos «holofotes» sobre si no país de Mohamed VI e de seu pai Hassan II, onde, normalmente, esses políticos e militantes acabam nas prisões - oficiais ou secretas- ou mesmo... debaixo da terra.
Nota: O vídeo postado é do Le360.ma, orgão de informação que agora dá o maior protagonismo a Melénchon (sobretudo quando o tema é o Sahara) mas que, há poucos dias - e de uma forma inusitada e nunca vista - caluniou o Presidente francés e a sua alegada vida privada, dando a entender a sua homosexualidade não assumida, e difundido insinuações torpes sobre a sua esposa Brigitte Marie-Claude Macron.
Ora o referido órgão de informação pertence a Mohamed Mounir Majidi, secretário particular do rei. Outra coincidência.
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