Tifariti (Sahara Ocidental), 4 de novembro
de 2017 (SPS/Contramutis) - A Frente Polisario destruiu ante representantes
internacionais 2.500 minas anti-pessoal e antitanque, recolhidas nos territórios
libertados do Sahara Ocidental, especialmente ao longo do muro marroquino de
2700 quilómetros que divide o território.
A operação de destruição, realizada no dia 4 de novembro, teve
lugar em Tifariti, localidade situada nos territórios sob controlo da Polisario
e que foi bombardeada por Marrocos no dia em que foi firmado o cessar-fogo, a 6
de setembro de 1991, após dezasseis anos de guerra.
Ante autoridades militares saharauis, como o ministro da
Defesa e o Chefe da 2.ª Região Militar, e
de representantes do Serviço de Ação contra s minas das Nações Unidas (UNMAS),
da MINURSO (Missão das Nações Unidas para o Referendo no Sahara Ocidental), do
Apelo de Genebra, foram destruídas 2.300 minas anti-pessoal VS-50, 100 SB-33,
100 M-966 e 8 minas anticarro BPRB-M3.
Com esta ação, a Frente Polisario já destruiu desde 2006 15.508 minas e tem previsto inutilizar outras 4.985
em 2018.
O chefe das tropas de reserva saharauis, Mohamed Lamín
Buhali, referiu que a vontade do governo da República Árabe Saharaui Democrática
(RASD) é continuar a aplicar os acordos em matéria de destruição de minas, tema
sobre o qual Marrocos nunca se quis implicar.
Mohamed Lamín, ex-ministro da Defesa, afirmou que na parte
ocupada do Sahara Ocidental continuam colocadas ao longo do muro milhares de minas,
que são transportadas pelas águas ao longo do leito dos rios e se convertem em
armadilhas mortais para a população saharaui que se desloca livremente na parte
libertada do Sahara Ocidental.
Pascal Bongar, diretor jurídico do Apelo de Genebra, afirmou
que estavam ante una “demonstração clara da vontade da Frente Polisario de
colaborar na destruição e limpeza das minas”, que semeiam o terror, em
particular na libertada do Sahara Ocidental.
Disse que nos últimos anos as minas causaram 34 vítimas na
zona libertada e o facto de Marrocos não querer firmar o acordo do Apelo de Genebra
“é uma demonstração de que não quer colaborar no processo de paz”.
Sem comentários:
Enviar um comentário