terça-feira, 10 de agosto de 2021

Conselho de Segurança distribui carta em que a Frente Polisario adverte para uma firme resposta caso não seja detida a repressão marroquina

 


Ali Mohamed - ECS. Madrid. | O Conselho de Segurança da ONU distribuiu esta segunda-feira entre os seus membros a carta enviada pelo Presidente da República saharaui e Secretário-Geral da Frente Polisario, Brahim Ghali, a 28 de Julho, sobre o grau indizível de repressão marroquina contra civis saharauis desde o início da guerra em novembro passado, sendo a terceira carta a este respeito que destaca e denuncia as práticas desumanas do Reino de Marrocos nos territórios saharauis que ocupa.

Na carta, Brahim Ghali afirmava que o governo saharaui não ficará de braços cruzados face às crescentes ações de Marrocos contra os civis saharauis nos territórios ocupados do Sahara Ocidental apenas devido ao seu activismo em favor dos direitos do seu povo.

Reservamo-nos o direito legítimo de responder com força e firmeza a qualquer ato que prejudique a segurança de qualquer cidadão saharaui, onde quer que este se encontre, e responsabilizamos o Reino de Marrocos pelas consequências dos seus actos criminosos e da sua campanha de terror nas cidades saharauis ocupadas.

Ghali apelou também "à intervenção urgente e rápida da ONU para pôr fim ao sofrimento suportado pelos presos políticos saharauis e suas famílias, e para assegurar a sua libertação imediata e incondicional para que possam ser reunidos com as suas famílias e entes queridos".

A insistência da Frente Polisario revela em traços largos a gravidade de uma questão que ficou impune durante mais de trinta anos: a repressão marroquina contra os saharauis. Reflctindo isto, esta é a terceira carta sobre o mesmo assunto num período de nove meses, tendo as outras duas sido enviadas em fevereiro e maio, respetivamente.

O Presidente da República salientou que "através desta carta, gostaria de chamar urgentemente a vossa atenção e a dos membros do Conselho de Segurança (...) para a situação preocupante nas zonas ocupadas do Sahara Ocidental, devido à guerra de terror e represálias exercidas pelo Estado ocupante marroquino contra civis saharauis, ativistas dos direitos humanos, jornalistas e bloggers, diariamente expostos a todo o tipo de atrocidades, práticas selvagens e desumanas".

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