(ECS) - 10-10-2021 - Numa declaração dada a um órgão de comunicação social africano, o chefe do Secretariado da Organização Política da Frente Polisario, Jatri Adduh, afirmou que a passagem ilegal de El Guerguerat é uma zona de guerra que pode ser atacada a qualquer momento.
A Frente Polisario já advertiu em várias ocasiões as empresas e instituições privadas para se retirarem do fosso ilegal de El Guerguerat, pois trata-se de uma zona de guerra suscetível de ser bombardeada com mísseis pelo Exército de Libertação Saharaui, como já aconteceu em Novembro e Janeiro, respetivamente, o que faz dela uma zona insegura para a realização de atividades comerciais, pois já é ilegal por ser um território ocupado por Marrocos.
El Guerguerat foi o ground zero desta segunda guerra de libertação do Sahara Ocidental. A 13 de Novembro, as forças de ocupação marroquinas conduziram uma intervenção militar que abriu três brechas no muro e faixa desmilitarizada definidas pelos acordos de 1991 e atacou civis saharauis que se manifestavam pacificamente exigindo os seus direitos legítimos pelos quais esperavam sob promessa há 30 anos. A ação hostil marroquina significou a rutura do cessar-fogo assinado em 1991 com a Frente Polisario e o regresso às hostilidades armadas devido à agressão e à nova anexação de territórios.
Por seu lado, o Rei de Marrocos assegurou em carta enviada a Guterres que a decisão marroquina (...) sobre a travessia ilegal em El Guerguerat é "irreversível". "A operação realizada por Marrocos no posto fronteiriço de El Guerguerat para restaurar a liberdade de circulação civil e comercial é irreversível", diz Guterres no seu relatório, citando uma carta do rei marroquino.
Segundo este meio de comunicação social (ECSaharaui) pôde comprovar, os soldados marroquinos criaram um posto de controlo onde vigiam a passagem dos veículos em direção à Mauritânia e desfraldaram as suas bandeiras, ao mesmo tempo que construíram três muros, dois a leste da brecha e um a oeste. Todas as paredes estão repletas de minas e engenhos explosivos.
O relatório do SG da ONU, António Guterres, sobre o Sahara Ocidental não deixa dúvidas de que foi Marrocos que violou o cessar-fogo e anexou novo território, tal como confirmado novamente no parágrafo 35, que relata a nova expansão levada a cabo pelas FAR marroquinas através de um novo muro de 40 quilómetros numa área que causou tensões em 2016 como zona tampão, mas o relatório contenta-se em especificar que a estrada foi melhorada mas não pavimentada, fingindo minimizar o que é uma evidente violação marroquina.
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