Juan Carlos de Bourbon, ainda Príncipe, com o Presidente dos EUA, Richard Nixon |
Revelações de Wikileaks sobre o Rei Juan Carlos e o Sahara. O
diário “Público” (publico.es) abala-nos com uma séria de telegramas filtrados
por Wikileaks dos anos 70, entre o embaixador dos EUA em Madrid e o próprio
Henry Kissinger, o conspirador entre os conspiradores, que deita por terra a
chamada “transição democrática”.
Neles, revela-se que o atual Rei de Espanha atraiçoou o seu país,
que incluía os territórios do Sahara, ao atuar como informador dos Estados
Unidos, contando ao secretário de estado Kissinger os planos de Franco sobre esse
tema. Os Estados Unidos, evidentemente, reenviaram a informação ao Rei de Marrocos,
que ocupou o protetorado espanhol com a chamada “marcha verde”, originando o conflito
atual, que todavia persiste.
Os históricos documentos revelam (Como havíamos antecipado, a
verdadeira razão para o ataque ao almirante Carrero Blanco) que a verdadeira
razão de colocar Juan Carlos de Borbon no cargo foi a de integrar a Espanha na
NATO, coisa a que se opunha o militar assassinado.
Juan Carlos e o ditador Franco. Este opunha-se frontalmente à axenação da colónia espanhola do Sahara Ocidental por Marrocos... |
Com a revelação destes documentos, não restam dúvidas: o
chefe de Estado espanhol atraiçoou o seu povo mesmo antes de assumir o seu
cargo.
Juan Carlos tornou-se confidente da Casa Branca e
converteu-se na grande aposta para controlar Espanha
O príncipe deu a Washington detalhes pormenorizados sobre os
movimentos de Franco no [que espeita] ao Sahara e pediu ajuda para conseguir
que o ditador renunciasse. Os EUA viram nele o elemento indispensável para que a
NATO aceitasse a entrada de Espanha, o que propiciaria aos norte-americanos
manteram as suas bases militares em território espanhol.
Segundo os telegramas do embaixador norte-americano em Madrid
(entre 1975 e 1978), Wells Stabler, o príncipe Juan Carlos de Bourbon, sucessor
designado de Franco, mantinha-o informado sobre os movimentos do Caudilho em relação
ao Sahara Ocidental. E mantinha-o tão bem informado que os americanos sabiam
melhor que ninguém o que fazia ou tencionava fazer o moribundo Franco no Sahara,
no momento em que Hassan II se preparava para lançar a sua Marcha Verde.
"À medida que entramos no período de transição é
essencial que eu possa conservar a confiança do príncipe. E é muito difícil quando
as minhas mensagens são reenviadas para todo o circuito e quando parece que há
uma completa falta de discrição em determinadas missões." A furibunda raiva
de Wells Stabler (embaixador dos EUA em Madrid, entre 1975 e 1978) era
compreensível. Em 05 de novembro de 1975 o príncipe Juan Carlos tinha-lhe revelado
o que seriam os movimentos subsequentes de Franco em relação ao Sahara, no
momento em que as relações com Marrocos atravessavam um momento crítico e Caudilho
estava prestes a morrer.
Stabler enviou um relatório ao Departamento de Estado
liderado por Henry Kissinger. Cinco dias depois, descobriu que as confidências
do herdeiro dos Bourbon tinham chegado à Embaixada dos EUA em Rabat, e que o
encarregado da delegação as havia transmitido ao seu homólogo francês na
capital marroquina, e que este as havia transmitido através de um telegrama à
Embaixada da França em Madrid, o que, de alguma forma, poderia colocar em risco
a sua proximidade de valor inestimável com o aspirante a rei.
O que levaria o príncipe Juan Carlos a revelar planos de
Espanha a uma potência estrangeira que desempenhou um papel chave, e não propriamente
neutral, no conflito sobre o Sahara?
WikiLeaks reuniu 1,7 milhões de telegramas diplomáticos dos
EUA entre 1973 e 1976, hoje já desclassificados, embora dificilmente acessíveis
a toda a opinião pública. E organizou-os numa base de dados, juntamente com o
Cablegate filtrado em 2010, que afirma ser a maior biblioteca diplomática jamais
reunida.
Público (Publico.es) teve acesso a todos esses documentos
relativos à época de Kissinger, num exclusivo para os meios de comunicação
espanhóis, e da sua análise podemos afirmar que o herdeiro do ditador se
converteu, naquele tempo crucial na história da Espanha, no melhor informador dos
EUA, com a esperança de que com a sua lealdade ganharia o apoio de Washington
após a morte de Franco.
Fonte: RAFAPAL
Enfim compreende-se, com gente desta estirpe como o juan Carlos, como e que a espanha ffoi atraiçoada por várias vezes como o caso sahara.Sem qualquer respeito pelo povo espanhol e o sangue derramado.Mas também o que se espera de quem matou o próprio irmão. É que eu nam rei lhe chamo.
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