terça-feira, 9 de abril de 2013

O Rei Juan Carlos atraiçoou Espanha com o Sahara, atuando como informador de Kissinger… e de Marrocos!

Juan Carlos de Bourbon, ainda Príncipe,
com o Presidente dos EUA, Richard Nixon


Revelações de Wikileaks sobre o Rei Juan Carlos e o Sahara. O diário “Público” (publico.es) abala-nos com uma séria de telegramas filtrados por Wikileaks dos anos 70, entre o embaixador dos EUA em Madrid e o próprio Henry Kissinger, o conspirador entre os conspiradores, que deita por terra a chamada “transição democrática”.

Neles, revela-se que o atual Rei de Espanha atraiçoou o seu país, que incluía os territórios do Sahara, ao atuar como informador dos Estados Unidos, contando ao secretário de estado Kissinger os planos de Franco sobre esse tema. Os Estados Unidos, evidentemente, reenviaram a informação ao Rei de Marrocos, que ocupou o protetorado espanhol com a chamada “marcha verde”, originando o conflito atual, que todavia persiste.

Os históricos documentos revelam (Como havíamos antecipado, a verdadeira razão para o ataque ao almirante Carrero Blanco) que a verdadeira razão de colocar Juan Carlos de Borbon no cargo foi a de integrar a Espanha na NATO, coisa a que se opunha o militar assassinado.
 
Juan Carlos e o ditador Franco. Este opunha-se frontalmente
à axenação da colónia espanhola do Sahara Ocidental por Marrocos...
Com a revelação destes documentos, não restam dúvidas: o chefe de Estado espanhol atraiçoou o seu povo mesmo antes de assumir o seu cargo.

Juan Carlos tornou-se confidente da Casa Branca e converteu-se na grande aposta para controlar Espanha

O príncipe deu a Washington detalhes pormenorizados sobre os movimentos de Franco no [que espeita] ao Sahara e pediu ajuda para conseguir que o ditador renunciasse. Os EUA viram nele o elemento indispensável para que a NATO aceitasse a entrada de Espanha, o que propiciaria aos norte-americanos manteram as suas bases militares em território espanhol.

Segundo os telegramas do embaixador norte-americano em Madrid (entre 1975 e 1978), Wells Stabler, o príncipe Juan Carlos de Bourbon, sucessor designado de Franco, mantinha-o informado sobre os movimentos do Caudilho em relação ao Sahara Ocidental. E mantinha-o tão bem informado que os americanos sabiam melhor que ninguém o que fazia ou tencionava fazer o moribundo Franco no Sahara, no momento em que Hassan II se preparava para lançar a sua Marcha Verde.

"À medida que entramos no período de transição é essencial que eu possa conservar a confiança do príncipe. E é muito difícil quando as minhas mensagens são reenviadas para todo o circuito e quando parece que há uma completa falta de discrição em determinadas missões." A furibunda raiva de Wells Stabler (embaixador dos EUA em Madrid, entre 1975 e 1978) era compreensível. Em 05 de novembro de 1975 o príncipe Juan Carlos tinha-lhe revelado o que seriam os movimentos subsequentes de Franco em relação ao Sahara, no momento em que as relações com Marrocos atravessavam um momento crítico e Caudilho estava prestes a morrer.

Stabler enviou um relatório ao Departamento de Estado liderado por Henry Kissinger. Cinco dias depois, descobriu que as confidências do herdeiro dos Bourbon tinham chegado à Embaixada dos EUA em Rabat, e que o encarregado da delegação as havia transmitido ao seu homólogo francês na capital marroquina, e que este as havia transmitido através de um telegrama à Embaixada da França em Madrid, o que, de alguma forma, poderia colocar em risco a sua proximidade de valor inestimável com o aspirante a rei.

O que levaria o príncipe Juan Carlos a revelar planos de Espanha a uma potência estrangeira que desempenhou um papel chave, e não propriamente neutral, no conflito sobre o Sahara?

WikiLeaks reuniu 1,7 milhões de telegramas diplomáticos dos EUA entre 1973 e 1976, hoje já desclassificados, embora dificilmente acessíveis a toda a opinião pública. E organizou-os numa base de dados, juntamente com o Cablegate filtrado em 2010, que afirma ser a maior biblioteca diplomática jamais reunida.

Público (Publico.es) teve acesso a todos esses documentos relativos à época de Kissinger, num exclusivo para os meios de comunicação espanhóis, e da sua análise podemos afirmar que o herdeiro do ditador se converteu, naquele tempo crucial na história da Espanha, no melhor informador dos EUA, com a esperança de que com a sua lealdade ganharia o apoio de Washington após a morte de Franco.

Fonte: RAFAPAL  

1 comentário:

  1. Enfim compreende-se, com gente desta estirpe como o juan Carlos, como e que a espanha ffoi atraiçoada por várias vezes como o caso sahara.Sem qualquer respeito pelo povo espanhol e o sangue derramado.Mas também o que se espera de quem matou o próprio irmão. É que eu nam rei lhe chamo.

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