23 dezembro, 2017 - o documentário “Um Fio de Esperança: Independência ou Guerra no Sahara Ocidental”, foi galardoado no Scapcine Festival 2017 (Brasil) com os prémios de Melhor Guião, Melhor Fotografia e Melhor Banda Sonora. “Um Fio de Esperança” foi realizado por Rodrigo Duque Estrada e Renatho Costa, e é uma produção independente da Nomos.
Sinopse
Esquecido pelo mundo, o Sahara Ocidental é um dos conflitos
pela independência mais antigos da atualidade. O documentário “Um Fio de
Esperança: Independência ou Guerra no Sahara Ocidental” conta a história da
resistência do povo saharaui, que há 26 anos espera a realização de um referendo
de autodeterminação, e mostra a frustração crescente desse povo com o processo
de paz, tanto nos acampamentos de refugiados como nas zonas libertadas ou nos territórios
ilegalmente ocupados por Marrocos há mais de 40 anos. O documentário também questiona
a posição de neutralidade do Brasil, que é um dos únicos países na América
Latina que ainda não reconhece a independência do Sahara Ocidental, contribuindo
com isso para a “normalização” de uma violência sistemática contra os saharauis
e a exploração das riquezas da sua terra.
Sobre o documentário
Sobre o documentário
Em dezembro de 2016 os investigadores Rodrigo Duque
Estrada e Renatho Costa viajaram para o norte de África para conhecer a última
colónia africana. Com as suas câmaras registaram uma realidade que apesar de
ser muito pouco conhecida no Brasil e praticamente um tabu no mundo árabe,
representou a chispa que que fez atear a primavera árabe. Percorrendo cidades
como Madrid, Amberes, Argel e São Paulo, Rodrigo e Renatho entrevistaram ativistas
dos Direitos Humanos e saharauis da diáspora. Nos acampamentos de refugiados,
situados em Tindouf, na Argélia, conheceram de perto a dureza da vida na “hamada”,
a região mais inóspita do deserto, e também a estrutura política que lidera a
Frente Polisario.
Nas zonas libertadas (cerca de 15% do território), acompanharam a vida dos beduínos que vivem sob o constante perigo das minas terrestres (cerca de 7 milhões de minas espalhadas pelo território), e estiveram ao alcance das metralhadoras dos soldados marroquinos que patrulham a “Berma”, um muro de mais de 2.700 quilómetros de extensão que divide o território e separa as famílias saharauis.
E em El Aaiún, capital do território ocupado, entrevistaram clandestinamente os ativistas saharauis que vivem sob o constante medo da repressão e da tortura.
Nas zonas libertadas (cerca de 15% do território), acompanharam a vida dos beduínos que vivem sob o constante perigo das minas terrestres (cerca de 7 milhões de minas espalhadas pelo território), e estiveram ao alcance das metralhadoras dos soldados marroquinos que patrulham a “Berma”, um muro de mais de 2.700 quilómetros de extensão que divide o território e separa as famílias saharauis.
E em El Aaiún, capital do território ocupado, entrevistaram clandestinamente os ativistas saharauis que vivem sob o constante medo da repressão e da tortura.
Além do documentário, captaram uma série de fotografias
sobre a realidade do povo do Sahara Ocidental. Fotos estas que compõem uma exposição
móvel que se propõe difundir a história deste conflito.
Para mais informação sobre o projeto, visite o sítio oficial do documentário,
onde estão atualizadas a agenda de exibições.
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